O automóvel é, regra geral, a segunda compra de maior peso nas nossas vidas, depois da casa. E, ao contrário do que acontece com um imóvel, começa a desvalorizar assim que rodamos a chave na ignição pela primeira vez.
No entanto, não é necessário resignarmo-nos a essa perda e podemos adotar alguns hábitos que nos permitem manter o valor do nosso automóvel como se fosse novo. E tirar proveito disso na altura de o vender.
Como manter o valor do seu carro novo
1 – Lavar só à mão
É certo que entrar numa máquina com um carro imundo e sair do outro lado com o veículo a brilhar é muito cómodo. Além de rápido. No entanto, se a ideia é manter o aspeto novo por muito tempo, esqueça as lavagens automáticas. Considere ainda fazê-lo uma vez por semana (no máximo, de 15 em 15 dias): pode parecer muito, mas a poluição, os insetos que ficam colados ao para-lamas ou os excrementos de pássaros, quando nos vemos forçados a estacionar sob uma árvore, são os principais inimigos da pintura. Ou seja, remover a sujidade com regularidade vai permitir que a tinta se mantenha impecável por mais tempo. E se não puder fazer uma lavagem completa, pelo menos retire os resíduos assim que der por eles.
Na lavagem, use dois baldes, um com água com sabão próprio (não recorra ao detergente que tem em casa tal como certamente não se lembraria de lavar a loiça com o detergente para lavar o carro!) e outro com água limpa, e panos em microfibra. Para as rodas, escolha uma escova (não precisa de ser muito rija) e trate os vidros com produtos próprios.
Comece pelas soleiras das portas e pelas cavas das rodas, ou seja, zonas pouco visíveis, mas que acumulam muita sujidade. Só depois invista tempo a lavar a carroçaria. Por fim, depois de bem enxaguado, passe um pano de microfibras para limpar e evitar a formação de manchas.
2 – Proteja a pintura
Considere utilizar cera para veículos ou selante de pintura, que vão dar um brilho extra e, ao mesmo tempo, formar uma camada protetora da tinta. Este passo é particularmente importante se residir ao longo da costa, estando o automóvel exposto ao ar marinho, carregado de sal, ou nas terras altas, onde o inverno é brindado por gelo ou neve e o verão com temperaturas muito elevadas.
No caso da cera, importa repetir o processo, pelo menos, de três em três meses; os selantes vão garantir proteção prolongada, exigindo a manutenção apenas duas vezes por ano.
3 – Atenção aos pneus!
Não são apenas os pneus que sofrem quando têm a pressão errada. Todo o carro irá rolar de forma desequilibrada, prejudicando a direção e as suspensões. Crie uma rotina de levar o automóvel a verificar a pressão dos pneus pelo menos uma vez por semana: pode coincidir esse momento com a altura de abastecer ou no momento em que for lavar o carro.
4 – Cumpra a manutenção com rigor
É certo que os óleos são cada vez melhores e aguentam cada vez mais quilómetros. Mas, andar com um óleo demasiado sujo, ou num nível excessivamente baixo (se encher para lá da conta, nem ligue o carro… melhor chamar assistência), irá prejudicar o funcionamento do motor. E não há nada que melhor dê a entender que um carro está como novo do que um motor a trabalhar como um relógio suíço.
5 – Aposte numa condução tranquila
As mãos que dominam o automóvel são as responsáveis pela forma como ele envelhece. Ter uma condução atenta e cuidada, evitando passar por buracos ou entrar numa lomba demasiado depressa, vai evitar dissabores – no presente e no futuro. Será também meio caminho andado para não se ver envolvido num acidente, o que irá prejudicar gravemente o valor do seu carro (ou até mesmo tirar-lhe todo o valor!)
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