MG: 100 anos de paixão automóvel

São poucas as marcas que se podem orgulhar de ostentar uma história e um legado tão forte como a MG.
São mais de 100 anos de uma paixão automóvel que começaram como uma preparadora de carros para competição da Morris Cars, que passaram por automóveis detentores do recorde do mundo de velocidade, e que teve quase tantos renascimentos como ícones nas estradas.
Mas o mundo mudou. Estamos numa nova era, e esta renovada MG veio para ficar e para ser celebrada. Porque mesmo que o futuro necessariamente passe pela eletrificação, a MG sabe que não tem de ser aborrecido.
A MG assinala em 2024 um marco extraordinário: 100 anos de existência, preenchidos por uma herança rica, feita de inovação, competição e modelos que marcaram gerações. Fundada em 1924 em Oxford, no Reino Unido, a MG – originalmente “Morris Garages” – tornou-se sinónimo de roadsters acessíveis, espírito desportivo britânico e, mais recentemente, de mobilidade elétrica para todos.
O centenário é celebrado por todo o mundo e teve um dos seus pontos altos no prestigiado Goodwood Festival of Speed, onde a marca britânica apresentou não só alguns dos seus modelos mais lendários, como também a visão para o futuro, com protótipos elétricos e um novo foco tecnológico que honra o passado, sem perder de vista o amanhã.
MG: Das oficinas de Oxford para o mundo
Tudo começou em 1924, quando Cecil Kimber, funcionário da Morris Garages, começou a modificar veículos da Morris Motors para criar versões mais leves e desportivas. Nascia assim a marca MG, que rapidamente ganharia notoriedade graças à combinação entre design elegante, desempenho e acessibilidade.
Durante as décadas de 1930 e 1950, a MG destacou-se nas pistas e nas estradas com modelos como o MG K3 Magnette, que venceu em Mille Miglia, e o MG TC, que se tornou num sucesso entre os soldados americanos no pós-guerra, ajudando a popularizar os desportivos europeus nos EUA.
Nos anos 60, o lançamento do MG B marcou uma era. Produzido entre 1962 e 1980, o MGB continua até hoje a ser um dos modelos mais icónicos e vendidos da marca, representando o equilíbrio ideal entre prazer de condução e estilo britânico.
O espírito das corridas: de Sebring às Bonneville Salt Flats
A herança da MG está profundamente ligada ao desporto motorizado. Um dos exemplos mais notáveis foi o MGC GTS Sebring, que obteve o melhor resultado de sempre da MG numa prova de resistência, ao terminar em 10.º lugar nas 12 Horas de Sebring, em 1968, ficando atrás apenas de protótipos de competição de fábrica.
Outro capítulo marcante foi escrito nos salt flats de Bonneville, onde o lendário MG EX181 estabeleceu um recorde mundial de velocidade em 1957, atingindo os 395,31 km/h com Sir Stirling Moss ao volante. Este feito foi alcançado com um motor de produção de 1.5 litros, demonstrando que, mesmo com uma cilindrada modesta, a engenharia britânica podia conquistar o mundo.
MG: Um futuro elétrico que honra o passado
A MG do século XXI tem uma nova casa-mãe e um novo foco: mobilidade elétrica acessível e inovação tecnológica. Prova disso é o sucesso do MG4 Electric, do MG ZS EV e do elegante MG5 Electric, modelos que têm vindo a conquistar o mercado europeu, incluindo Portugal.
Mas a MG não esquece as suas raízes. No Festival de Goodwood, apresentou em estreia mundial o MG Cyber GTS Concept, um coupé elétrico inspirado no histórico MGC GTS Sebring. Este concept celebra a paixão desportiva da marca com uma proposta moderna, de tração traseira e com motorizações elétricas de alta performance, antecipando a possibilidade de um GTS elétrico de produção no futuro.
Outro destaque foi o futurista MG EXE181, que presta homenagem ao “Roaring Raindrop” dos anos 50. Com um design radical, cockpit monolugar e um coeficiente aerodinâmico de apenas 0.181, este concept reimagina como seria um MG elétrico preparado para bater recordes de velocidade. As cores azul e branca evocam diretamente a paisagem de Bonneville, num tributo à ousadia da marca no passado.
A celebração em Goodwood: passado, presente e futuro
O Goodwood Festival of Speed serviu de palco privilegiado para esta celebração centenária. O evento foi aberto pelo Duque de Richmond, que conduziu um MG C-Type de 1931 do seu avô, dando início a um desfile que reuniu modelos históricos e contemporâneos da marca.
Na famosa colina de Goodwood desfilaram o MGA Le Mans, o MG 6R4 – ícone do rally – e o novo MG Cyberster, o primeiro roadster elétrico de dois lugares a chegar à produção em massa. Estes modelos estiveram também em destaque na Central Feature do festival, desenhada por Gerry Judah, onde o Cyberster partilhou protagonismo com o adorado MGB, numa instalação que captou a essência de um século de evolução.
O encerramento do dia fez-se com um espetáculo de fogo de artifício que iluminou o céu britânico, numa justa homenagem à história da marca.
De símbolo britânico a marca global
Atualmente integrada no grupo SAIC Motor, um dos maiores fabricantes automóveis do mundo, a MG vive um novo momento de expansão global. A aposta em veículos elétricos, conectividade e design contemporâneo tem permitido à marca conquistar novos públicos sem perder a alma que a define há 100 anos.
Em Portugal, o crescimento da marca tem sido notório, com uma rede de concessionários em expansão e uma gama de modelos cada vez mais ajustada às necessidades dos condutores nacionais. A combinação entre preço competitivo, autonomia elétrica e equipamentos de série faz da MG uma opção cada vez mais relevante no mercado automóvel português.
100 anos depois da sua fundação, a MG continua a ser uma marca de referência no panorama automóvel mundial. Com um passado repleto de conquistas e inovação, a marca entra no segundo século de vida com a mesma ambição que a viu nascer: democratizar o prazer de conduzir, agora com a energia limpa do futuro.
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