10 automóveis que brilharam no grande ecrã

Entre atores, atrizes, membros da produção, há protagonistas que podem não ganhar Óscares, mas sem eles os filmes não seriam os mesmos — são meramente automóveis, mas brilham no grande ecrã e alimentam sonhos. Eis uma dúzia inesquecível.
1963 Aston Martin DB5, “007 – Contra Goldfinger” (1964)
Falar de automóveis no grande ecrã sem incluir a saga 007 está para ir a Roma sem ver o Papa. O legado de James Bond é frutífero em carros famosos e tudo começou com o Aston Martin DB5, que fez furor em 007 – Contra Goldfinger, de 1964. Ao volante, Sean Connery esbanjava charme ao mesmo tempo que tinha ao seu dispor uma série de truques, que iam desde um assento capaz de o ejetar para longe do carro até um pulverizador de óleo, sem esquecer um sistema percursor dos ecrãs atuais que exibem a navegação. O exemplar não foi esquecido e, em 2019, foi vendido por 6,4 milhões de dólares (5,7 milhões de euros, na época), num leilão da Sotheby’s.
1976 Lotus Esprit Series I, “007 – O Agente Irresistível” (1977)
Diferente Bond (desta vez assumido por Roger Moore), o mesmo encanto automóvel, sobretudo porque o Lotus Esprit, que tinha tudo o que se esperava de um carro dos 70 do século passado, com linhas angulares e futuristas, com um longo capô de cantos retangulares, era uma espécie de anfíbio: transformava-se em submarino, assumindo a configuração de automóvel depois de chegar a terra firme.
1981 DeLorean DMC-12, “Regresso ao Futuro” (1985)
Pode ser para muitos um dos carros mais feios de sempre, mas com ele ficámos a saber que era possível viajar no tempo com Christopher Lloyd e Michael J. Fox, depois de se atingir a velocidade de 88 milhas ou 141,6 km/h. E como conseguia tal proeza? Consta que foi substituída a mecânica pela do Porsche 928!
Apesar do êxito no cinema, comercialmente, o carro foi um fiasco. Resta saber se a nova aventura da DeLorean Motor Company (mesmo nome, mas sem ligação à original, que viu o seu fim depois de o presidente-executivo da companhia, John DeLorean, ter sido detido, acusado de tráfico de estupefacientes) terá um destino diferente.
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1968 Mustang GT 390, “Bullitt” (1968)
Clássico do cinema com um clássico de quatro rodas a ser comandado por um sempre muito “cool” Steve McQueen. O Ford Mustang GT 390 Verde Highland de 1968 foi o grande protagonista da sequência de uma perseguição pelas ruas de São Francisco.
Foi tal o sucesso que deu origem a uma edição especial que se transformou num sucesso: Mustang Bullitt, descontinuado em 2020.
1973 XB GT Ford Falcon, “Mad Max – As Motos da Morte” (1979)
O filme de ação futurista trouxe a fama internacional a Mel Gibson, mas também levou para o imaginário de milhões automóveis únicos. Foi o caso do Ford Falcon, ao qual um V8 dava vida e que foi transformado para se tornar ainda mais futurista do que já era na sua terceira geração. Também parecia mais potente, com um supercompressor que se ligava pressionando um interruptor – mas isso eram só efeitos especiais.
1958 Plymouth Fury, “Christine, o Carro Assassino” (1983)
Ter pesadelos com um carro? Sim, é possível. Que o digam os milhões que, no escuro de uma sala de cinema, perceberam que um Plymouth Fury, de 1958, podia ser a personificação do mal. Aliás, mais de 20 Plymouth Fury, que deram a impressão de que Christine se regenerava. E ainda um Mustang 428 Super Cobra Jet de 1970 – este não entrou no filme para assustar ninguém, mas é o seu ronco que se ouve de cada vez que Christine acelera.
1966 Ford Thunderbird, “Thelma & Louise” (1991)
Um “road movie” com as aventureiras Geena Davis e Susan Sarandon (ambas nomeadas para um Óscar), que têm por aliado um Ford T-Bird 1966, cujo V8 desenvolvia uns impressionantes 300 cv. Já o facto de ser descapotável tornava o automóvel ideal para imagens inspiradoras com as duas atrizes de cabelos ao vento.
1966 Alfa Romeo 1600 Duetto Spider, “A Primeira Noite” (1967)
Um tímido Dustin Hoffman é apanhado na curva quando a mãe da namorada, uma sensual Anne Bancroft, decide seduzi-lo. O filme, que se tornou um clássico de Mike Nichols, ficou marcado na história do cinema ainda por dois detalhes: o tema “Mrs. Robinson”, interpretado por Simon & Garfunkel, e o Alfa Romeo 1600 Duetto Spider vermelho, que Benjamin Braddock conduzia.
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1967 Shelby GT500, Eleanor, “Gone in 60 Seconds” (1974)
Muito antes de Nicolas Cage ter arriscado tudo para conseguir roubar uma série de carros, incluindo um Shelby GT500, H.B. Halicki, Marion Busia e Jerry Daugirda assumiam o protagonismo de uma empreitada, depois da qual o carro ganhou a alcunha de Eleanor. Um dos exemplares do filme foi vendido por um milhão em leilão.
1963 Volkswagen Beetle, “Se o Meu Carro Falasse…” (1968)
Nenhuma lista que junta carros e cinema ficaria completa sem o Herbie, um VW Carocha todo branco, com o número 53 pintado e uma vontade muito própria e indomável. Ao todo, já houve cinco filmes com o carrito como estrela, e consta que para tal foram usados mais de 100 carros!
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