Mercedes-Benz W114 e W115 foi a designação usada para a geração de sedans de 5 lugares e coupés de três volumes com motor frontal e tracção traseira introduzidos no mercado em 1968 e desenhados pelo francês Paul Bracq, que foi o responsável pelo departamento de design da Mercedes de 1957 a 1967. Bracq viria a ser ainda responsável pelos designs da BMW de 1970 a 1974 e da Peugeot de 1974 a 1996. Os modelos sucederam ao W110, lançado em 1961, e foram construídos até 1976 altura em que foi lançado o W123. OS W114/W115 distinguiam-se entre eles pela designação da capacidade do motor na traseira. Enquanto os W114 usavam motores de 6 cilindros, os modelos W115 usavam motores de quatro cilindros e eram designados por 200, 220, 230, e 240, com os diesel a usarem a designação “D” para os distinguir dos modelos a gasolina. Quando a Mercedes lançou os W114/W115 em 1968, dividiu os seus sedans em duas classes consoante o tamanho (W114/115 e Classe S) e publicitou a gama W114/115 como “New Generation Models”. A Mercedes usou ainda a designação “/8” nas placas de identificação dos modelos W114/115, relativa ao ano de lançamento (1968), e deu aos carros a alcunha “Strich Acht” (em português “barra oito”). Os W114/W115 foram os primeiros modelos de produção da Mercedes do pós-guerra a usar uma suspensão inteiramente nova de braços traseiros semi-deslizantes, suspensão essa que seria usada por todos os modelos de automóveis de passageiros da marca até aos anos 80 com o desenvolvimento das suspensões traseiras “multi-link”. A Mercedes lançou também o seu primeiro motor a diesel de 5 cilindros (OM617) neste chassis. O Mercedes W115 sempre foi conhecido como um carro de grande fiabilidade e durabilidade. Em 2004 o taxista grego “Gregorios Sachinidis” doou o seu 240D de 1976 com 4,6 milhões de kilómetros ao museu da Mercedes, carro que foi reconhecido como sendo o Mercedes-Benz com maior kilometragem até à data.