Vender carro usado a particular ou entregar para retoma

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Vender carro usado a particular ou entregar para retoma?

Quando se decide trocar de automóvel, ou porque a família aumenta ou pura e simplesmente porque se consegue ir buscar algo mais recente ou mesmo novo, há uma dúvida comum à maioria das pessoas: vender o carro que vai deixar de precisar a um particular ou entregar para retoma?

A resposta, antes de mais, dependerá de quanto tempo e dinheiro se pretende investir. É que, se por um lado, há uma forte probabilidade de conseguir mais dinheiro com a venda a um particular do que com a retoma, por outro, para conseguir concretizar o negócio, além de uma boa dose de sorte, necessitará de dar um novo ar ao carro velho – e isso, muitas vezes, significa gastar dinheiro.

 

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Depois, há o tempo necessário: para tratar do carro e para o mostrar (e se há verdadeiros interessados, também é comum aparecer gente em passeio). Não custaria nada se a coisa se desse rapidamente. Mas, muitas vezes, a venda tarda e, enquanto não consegue despachar o automóvel, ele não para de desvalorizar…

Escolher a venda a particular

Ainda assim, se optar por vender o carro a um particular, faça a revisão da matéria, de forma a tornar o negócio o mais célere possível.

Comece por uma limpeza a fundo de todo o habitáculo, não esquecendo nenhum cantinho: os aspiradores das estações de serviço apresentam uma força capaz de deixar o carro sem migalhas e pós. Além disso, não deixe ficar nódoas feias – recorra a uma escova macia e uma solução de água com qualquer detergente lava tudo (ou mesmo com o clássico sabão azul e branco). Plásticos, borrachas e zonas forradas a pele requerem cuidados especiais – é procurar nas lojas especializadas. Lave por fim a cara ao automóvel, que é como quem diz o exterior: perca algum tempo com os vidros e as jantes.

Artigo relacionado: Como tirar as nódoas dos estofos do carro

Depois, reúna toda a documentação do automóvel, sem esquecer o registo das revisões da viatura. E não queira mundos e fundos pelo seu carro antigo: peça um valor justo, isto é, nem acima nem abaixo do mercado. Por fim, dedique algum tempo a desenhar o seu anúncio online: boas fotografias ou informação clara podem ser a diferença entre receber muitos contactos e nenhum.

Optar pela retoma

Tudo o que leu até aqui já o fez desistir da ideia de vender o carro a um particular? Nesse caso, entregar o seu carro antigo para retoma pode ser a situação ideal para si. Até porque, não estará a arriscar receber um telefonema ou ter alguém a bater-lhe à porta porque uma qualquer peça deixou de funcionar. Não que possa ter algum problema; mas será sempre uma situação chata.

A saber, quando se vende um carro usado como particular não há qualquer obrigação legal de assegurar as reparações em caso de avaria futura, pois a chamada Lei das Garantias (Decreto-lei nº 84/2008, de 21 de maio) apenas impõe tal obrigação sempre que o negócio seja celebrado entre quem exerce a profissão de vendedor e um consumidor final (cfr. Artigo 1º-A, nº 1, do mencionado diploma).

Artigo relacionado: Vender carro usado entre particulares: como funciona a garantia

De qualquer das maneiras, se não pretende ter chatices nem trabalho, pode sempre negociar a retoma com o stand onde vai comprar o seu futuro automóvel. No entanto, comece já a mentalizar-se: a quantia oferecida pelo stand será muito inferior ao valor do carro no mercado.

Isto acontece por uma razão muito simples: o stand não está a ficar com o seu carro por simpatia, mas por negócio. E para colocá-lo à venda e ganhar dinheiro com ele terá de investir numa revisão, nem que seja superficial.

Depois, para encher o olho, a maioria dos stands, além de uma boa lavagem, opta por polir e retocar o carro. No fundo, fica a parecer novinho em folha. Além disso, ao contrário do que explicávamos atrás sobre não existirem garantias em negócios entre particulares, o stand que lhe ficar com o automóvel terá de oferecer ao futuro proprietário o mínimo de um ano de garantia, sendo muitas vezes possível estender este período por dois anos, mediante o pagamento de uma quantia extra.

Por isso, não se espante quando voltar a passar pelo sítio onde deixou o seu carro e o vir à venda por mais três ou quatro mil euros do que o que conseguiu por ele. Nem se zangue por isso. Afinal, pode não ter conseguido faturar o que desejaria, mas a poupança em energia que todo o processo exige não é de subestimar.


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