Não é preciso recuar muito no tempo para chegarmos a uma altura em que o mundo das motos era muito mais simples. O seu desenho era mais ou menos parecido com aquele que hoje identificamos como o formato mais clássico, independentemente da marca. E os modelos de todo-o-terreno tinham apenas pneus diferentes e, em alguns casos, suspensões melhoradas.
Hoje em dia, tudo é muito mais complicado. Há diversos formatos e feitios com tipologias adaptadas aos mais variados tipos de utilização. Se está a pensar em comprar a sua primeira moto ou um novo modelo, aqui ficam as principais categorias que poderá encontrar atualmente no mercado.
Adventure
Projetadas para viajar até ao fim do mundo e regressar, os modelos mais aventureiros são aqueles que estão preparados para enfrentar os maiores desafios, mesmo quando o trajeto já está muito afastado dos locais onde vimos asfalto pela última vez. Contam com uma suspensão bastante desenvolvida e um patamar de conforto bastante elevado, graças precisamente à suspensão, mas também à altura mais elevada, que nos deixa numa posição mais vertical.
Do lado das desvantagens está o facto de serem motos com motores grandes e com um peso elevado, que as pode tornar mais complicadas de pilotar, especialmente quando o piso não está nas melhores condições. Entre os exemplos perfeitos para este segmento estão as BMW GS ou a Honda Africa Twin.
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Chopper/Cruiser
Estes são os modelos que levam a estética muito a sério e são normalmente motos desenhadas para ter o visual mais cool de sempre. Como exemplo perfeito podemos imaginar uma Harley-Davidson, com uma posição de condução bastante baixa e um comprimento maior, pensado para as longas estradas da América do Norte.
Normalmente, contam com um motor de dois cilindros em V, ou “V-Twin” e com cilindradas elevadas, mas com potências comedidas. Nestes modelos, raramente são as prestações que mais interessam e sim o estilo com que contam, o som que o escape consegue emitir e o número de cromados ou elementos em negro. Capacete aberto obrigatório.
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Naked
Com a maioria dos elementos reduzidos ao mínimo em termos de carenagens, tal como nas Cruiser, as Naked têm outra finalidade. Aqui, são mesmo as prestações que interessam e normalmente são modelos derivados de motos superdesportivas, mas numa versão mais despida de proteções aerodinâmicas, daí o nome “Naked”.
A posição de condução tem uma altura normal e a sua agilidade é elevada. São excelentes para usar em cidade, por exemplo, de preferência por utilizadores mais experientes. É que há modelos bastante potentes e capazes de prestações incríveis. Como exemplo, podemos apontar para uma Yamaha MT-10.
Superdesportivas
Parecem verdadeiras motos de competição e, na realidade, quase que são mesmo, com ligeiras adaptações para poderem circular na via pública. São os modelos mais potentes disponíveis e têm carenagens muito aerodinâmicas para poderem “cortar” o vento. A posição de condução é mais inclinada, com os pés mais recuados, para que o piloto também contribuir para a aerodinâmica.
Além disso, as suspensões são mais firmes e estão preparadas para curvar a alta velocidade com uma inclinação quase impensável. São os modelos mais eficazes em pista, por exemplo, mas acabam por não ser os mais práticos para o dia-a-dia. A BMW S1000 RR ou a Honda CBR1000RR-R Fireblade são dois excelentes exemplos.
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Touring
Tal como as opções mais aventureiras, também estão pensadas para cobrir grandes distâncias, mas neste caso, com um nível de conforto muito mais elevado e sempre por cima de asfalto. As Tourer, ou Touring, têm normalmente malas integradas para arrumar tudo o que precisa para viajar e enormes e confortáveis assentos para que o cansaço chegue o mais tarde possível, seja para o piloto ou para o passageiro.
A proteção aerodinâmica é muito elevada e há modelos com controlo automático de velocidade, assentos aquecidos ou mesmo com rádio e ar condicionado. Os exemplos perfeitos são a BMW R1250RT ou a Honda GL1800 Goldwing.
Sports tourer
Este é um conceito mais recente que mistura uma superdesportiva com uma Tourer. Ou seja, são modelos capazes de prestações mais elevadas, mas que não abdicam de uma boa dose de conforto, nem da capacidade de curvar que vai muito além daquilo que uma Tourer consegue fazer.
Estão preparadas para instalar um conjunto de malas e arrancar para uma longa viagem com pendura, mas também para uma utilização diária apenas com uma mochila nas costas. Em termos de exemplo, escolhemos uma Kawasaki Ninja 1000SX.
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Clássicas
Os modelos antigos ou, pelo menos, com uma data de fabrico anterior a 1980, como uma Triumph Bonneville de 1959, por exemplo, são considerados motos clássicas. Estas são as motos que nos oferecem a experiência mais analógica e pura dos bons velhos tempos. Quase não existe eletrónica e a manutenção pode ser feita na garagem, com tempo e muita dedicação.
Há modelos mais recentes que podem ser considerados clássicos modernos, como a primeira Fireblade, por exemplo. Além destes, há agora diversos modelos novos com um visual inspirado nestas opções mais clássicas, algumas com um motor compacto de apenas 125 cc, mas com muito estilo.
Off-road
Os modelos de todo-o-terreno são os mais radicais em termos de utilização fora de estrada e a grande maioria nem sequer tem autorização para circular na via pública. São muito leves, ágeis e incluem suspensões com um curso muito elevado, para lidar com saltos e piso (muito) irregular. Como exemplo, temos uma KTM 450 SX-F.
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Scooter
As scooters continuam a ser a opção mais prática para quem se está a iniciar ou para quem anda em cidade. Não têm mudanças, são simples de conduzir e contam com uma boa proteção aerodinâmica e muito espaço para arrumação debaixo do assento. A sua utilização foi mais generalizada com o boom dos modelos de 125cc, mas há marcas que incluem versões de maior cilindrada com mais capacidade para devorar quilómetros de autoestrada. Exemplo perfeito, a mais vendida de todas, a Honda PCX 125.
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