Dicas para impedir crianças enjoarem no carro

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Como prevenir as crianças de enjoarem no carro

Quando se fala em enjoo num automóvel pensa-se imediatamente em crianças. Mas não são só os mais novos que padecem deste sofrimento: náuseas, tonturas, dores de cabeça e uma incontrolável vontade em vomitar.

Vários estudos indicam que pelo menos dois terços da população sofrem ou já sofreram alguma vez de indisposição quando a bordo de um automóvel. Apenas um estará a salvo desta praga: quem se senta aos comandos dificilmente se sentirá mal, facto que se explica pelo corpo em tensão durante a condução, mas também pelo foco de atenção, concentrada na estrada e no que a rodeia. É que, sendo mais comum entre quem se senta atrás, até o passageiro da frente poderá começar a sentir-se mal durante uma viagem.

O que causa o enjoo no carro?

O enjoo num carro (ou noutro meio de transporte, como um avião) tem nome: chama-se cinetose e surge quando o cérebro recebe informações desencontradas da visão, do ouvido interno e dos nervos periféricos em relação à movimentação do corpo.

Ou seja, ao contrário do que acontece com o movimento voluntário, como caminhar ou correr, em que todos os sentidos se ajustam automaticamente, quando o movimento não ocorre por vontade do próprio há uma dificuldade acrescida do organismo em se adaptar, gerando confusão e provocando o malfadado enjoo.

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Dois sintomas de que algo não está bem são bocejar ou transpirar – ambos revelam que o cérebro está a receber informações desconexas da visão, dos nervos periféricos e do órgão responsável pelo equilíbrio, localizado no ouvido.

De referir, que estes sintomas só surgem quando começamos a caminhar, o que significa que os bebés não enjoam no carro.

Como prevenir o enjoo em viagem?

Para que não se desenvolvam os sintomas de cinetose, é importante obter pela visão a mesma informação de movimento transmitida pelo ouvido interno. Para tal, o truque passa por fixar o olhar em pontos no horizonte. Ou seja, no banco traseiro, o lugar do meio, com acesso à visão da estrada à frente, será aquele onde alguém enjoará menos.

O tipo de condução é crucial para que o enjoo possa ser evitado. Um estilo mais suave vai refrear os sintomas de náuseas, com especial atenção à forma como se desenham as curvas. Aliás, sempre que possível, o ideal passa por escolher o caminho mais linear possível – estradas de montanha com curvas e contracurvas serão o pior inimigo para umas férias descansadas em família. Travagens a fundo, acelerações fortes e deixar o carro cair livremente nos buracos do pavimento também irão alimentar um cenário desagradável.

Também as tecnologias são desaconselhadas, uma vez que vão exigir uma atenção da visão que não irá provocar o efeito desejado (manter os miúdos entretidos e distraídos), mas o seu oposto. Ler ou tentar executar tarefas minuciosas poderão ter o mesmo resultado: uma paragem de emergência por causa de uma indisposição.

Também não deverá cair na tentação de distribuir bolachas – comer durante a viagem poderá agravar o quadro do enjoo – e se sabe que as suas crianças têm tendência a enjoar evite ao máximo usar perfumes durante o percurso: os odores fortes potenciam o desenrolar da situação. Fumar dentro do veículo também poderá desencadear o enjoo.

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Entre os comportamentos a ter, os especialistas indicam a circulação de ar fresco, seja ele proveniente das janelas abertas ou do ar condicionado. Arranjar uma forma de manter a cabeça imóvel, recorrendo por exemplo a uma almofada, também poderá acrescentar algum conforto. Sem contraindicações, pode-se ainda tentar chá de gengibre ou pulseiras contra o enjoo.

Além de todos estes procedimentos, inventar jogos em família ou mesmo alinhar numas cantorias poderá ter melhor resultado a distrair os pequenotes.

E quando nada resulta?

Seguiu todas as dicas e conselhos, conduz com toda a tranquilidade possível, escolhe sempre autoestradas e mesmo assim os miúdos continuam a ter razões de queixa? Nesse caso, talvez seja de consultar um médico ou falar ao pediatra sobre este assunto na próxima consulta de rotina.

Alguns medicamentos ajudam a minimizar os efeitos que causam a cinetose, mas nunca devem ser administrados sem conselho especializado.

 
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