Portugueses em prova no Dakar 2022

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Portugueses em prova no Dakar 2022

Já arrancou a 44.ª edição do Dakar, a mítica prova que se disputa de 1 a 14 de janeiro, na Arábia Saudita.

A prova começou em Há’il e terminará em Jeddah, passando por desfiladeiros e penhascos na região de Neom, transitando pela costa do Mar Vermelho, em trechos de dunas ao redor de Riade e ainda pelas dunas do  Rub’ al Khali. Durante a prova, os pilotos têm direito a um dia de descanso em Riade a 8 de janeiro.

Esta edição marca o início do novo campeonato do mundo de todo-o-terreno e conta com 21 portugueses, entre pilotos, navegadores e mecânicos, distribuídos pelas 578 viaturas em prova. Os pilotos irão confrontar-se num percurso longo e difícil que conta com um total de 8177km, 4258 deles cronometrados, divididos pela etapa de prólogo e 12 etapas normais da prova.

19 pilotos portugueses no Dakar, inscritos em 4 categorias: 

Motos (8 participantes):

Na categoria das motos, Portugal é representado por Pedro Bianchi Prata e Arcélio Couto ao volante de uma Honda, Mário Patrão, Alexandre Azinhais e Paulo Oliveira, com uma KTM, Rui Gonçalves com uma Sherco, Joaquim Rodrigues com uma Hero e António Maio ao volante de uma Yamaha.

Carros (4 participantes):

Nos carros, Miguel Barbosa compete na prova pela 4ª vez, desta vez num Toyota Hilux, com navegação de Pedro Velosa. Filipe Palmeiro (Hilux T1+) e Paulo Fiúza (Mini JCW Rally) ambos conduzem com outros pilotos lituanos, Benediktas Vanagas e Vaidotas Žala respetivamente.

SSV (6 participantes):

Na categoria SSV, estão incluídas as sub-categorias T3 e T4, com o propósito de juntar participantes que tencionam fazer mudanças economicamente viáveis aos seus automóveis. Com esta inclusão, é possível serem descobertos novos talentos devido ao menor “peso” da prova, relativamente às restantes. Nesta categoria encontram-se mais três duplas portuguesas, Mário Franco e Rui Franco (Yamaha) Luís Morais/David Megre (Can-Am) e Rui Oliveira/Fausto Mota (Can-Am).

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Camiões (1 participante):

Nos camiões há apenas um piloto português, José Martins, ao volante de um Iveco.

O palmarés dos pilotos portugueses

Miguel Barbosa 8 vezes campeão nacional de TT, regressa 12 anos depois ao Dakar, por “sentir que podia fazer mais”, sendo esse o objetivo traçado para esta edição.

O piloto acrescenta ainda que o Dakar é um projeto que “tem de ter pelo menos 3-4 anos” considerando esta edição como o “ano zero deste projeto”. “Vamos ganhar experiência, vamos voltar a ganhar ritmo nestas pistas e obviamente fazer um bom resultado dentro da medida do possível, mas com os olhos postos no futuro”.

Pedro Bianchi Prata, para além de piloto experiente na prova, este ano tem responsabilidades acrescidas, uma vez que vai acompanhar dois rookies a chegar ao fim do Dakar, nomeadamente Paulo Oliveira e Arcélio Couto. “Vamos tentar fazer um Dakar equilibrado sem cometer erros de navegação e sem quedas que é o principal”.

António Maio, campeão nacional, 7 vezes vencedor da Baja Portalegre 500, vai regressar ao Dakar e tem o objetivo de este ano entrar no top 15. “Era uma ambição, sei que é bastante difícil tendo em conta que os primeiros 30 pilotos são pilotos profissionais”.

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Para Rui Oliveira e Fausto Mota, o objetivo é “terminar o rali, levar o carro até ao fim e tentarmos usufruir da corrida, passarmos bons momentos”, já para Filipe Palmeiro, o objetivo é um pouco mais ambicioso, o piloto quer chegar ao top 10: “acho que estamos com um bom ritmo para o Dakar. Gostava muito de bater o recorde, o oitavo lugar que fiz com o Boris Garafulic”.

Luís Portela de Morais, considera “muito mais fácil de ultrapassar as dificuldades da prova participando em equipa”. Para o piloto, ir acompanhado pelo seu grande amigo David Megre é uma sorte, uma vez que David Megre é um piloto com muito mais experiência e provas dadas no mundo da competição. Luís Portela de Morais confessa ainda que a intensidade da prova faz com que ele e o seu parceiro se “odeiem” durante a prova, mas que “quando termina a prova querem voltar todos os dias e treinar o ano inteiro para voltar à competição”.

Outro piloto experiente na prova é Paulo Fiúza que está atualmente a competir no seu 16º Dakar. Atualmente é o português que tem o melhor resultado à geral nos autos, depois de ter terminado em terceiro lugar com o piloto Stéphane Peterhansel em 2020. Este ano compete novamente com o piloto lituano Vaidotas Žala. “O ano passado (2021), tivemos um problema com o carro e desistimos muito cedo. Este ano fizemos a prova da Andaluzia, temos uma pequena evolução motor do Mini, novo single turbo, não vamos com o carro ‘top top’, mas é uma grande evolução face ao ano passado, esperemos que corra bem”.

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