Portugal vai oficialmente começar a produzir veículos elétricos, já a partir de 2025. A fábrica da Stellantis, em Mangualde, vai fabricar por ano 55 mil unidades elétricas dos modelos Peugeot e-Partner, Citroën e-Berlingo, Opel e-Combo e Fiat e-Doblò.
O anúncio partiu do CEO da Stellantis, Carlos Tavares, durante uma cerimónia que contou com o primeiro-ministro António Costa, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, e com Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência. Nesta cerimónia, Carlos Tavares garantiu que a fábrica em Mangualde terá capacidade para a produção de até 55 mil unidades elétricas anualmente, mas que o ritmo da produção será dependente da procura por veículos elétricos no mercado.
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Este projeto faz parte da GreenAuto, uma iniciativa que tem como objetivo incentivar a eletrificação e digitalização da indústria automóvel nacional. Com um investimento total de 119 milhões de euros, o projeto recebe o apoio do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e conta com a participação de 37 entidades nacionais.
Com esta iniciativa, a fábrica de Mangualde está a dar um passo importante, não apenas ao criar uma nova linha de montagem e ferragem, mas principalmente porque vai aumentar a necessidade de nova mão de obra, criando novos empregos. Atualmente a fábrica de Mangualde emprega 850 trabalhadores, 20% dos quais altamente qualificados. Com a expansão da fábrica, estima-se um aumento de 450 novos postos de trabalho.
O primeiro-ministro António Costa vê o anúncio de Carlos Tavares como um sinal positivo não só para “a continuidade futura desta unidade, mas também para o seu desenvolvimento e o potencial de crescimento da indústria automóvel no nosso País”. Para António Costa o desenvolvimento desta unidade e do setor automóvel em geral pode trazer benefícios significativos para a economia portuguesa, como a criação de mais empregos e o aumento da produção nacional.
Para além da criação de novos postos de trabalho, esta iniciativa é também um impulso para a economia portuguesa, nomeadamente pela promoção da tecnologia de ponta no setor automóvel.
Prazo para concluir o projeto termina no final de 2026
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou que a execução dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é uma corrida contra o tempo, uma vez que o prazo para concluir os projetos termina em 2026 e não se deve contar com a possibilidade de a Comissão Europeia prolongar os prazos. Ainda durante a visita a Mangualde, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que Portugal deve acelerar os projetos do PRR, que visam apoiar agendas mobilizadoras de futuro e resolver problemas sociais de quem ficou para trás.
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Por sua vez, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o Governo tem cumprido com as metas estabelecidas e que é importante manter o ritmo de execução dos projetos do PRR, uma vez que o cronómetro está a contar e os projetos devem estar concluídos até 31 de dezembro de 2026, que segundo o mesmo “é já amanhã”. O primeiro-ministro destacou que Portugal é o quinto país mais avançado em termos de execução dos projetos do PRR entre os 27 estados-membros da União Europeia.
Tanto o Presidente da República como o primeiro-ministro estão cientes da importância de cumprir os prazos do PRR e acelerar a execução dos projetos para aproveitar ao máximo os fundos disponibilizados pela União Europeia e promover a recuperação e resiliência do país.
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