A popularidade de um construtor de automóveis pode ser avaliada de diversas formas e por diversos prismas. É possível ter em conta temas como o design ou a eficácia, a tecnologia e a robustez. Mas se tivermos apenas em conta o lado da estatística, normalmente, são os japoneses que começam a ocupar os lugares de topo na tabela. Primeiro porque são vendidos em quase todo o mundo e nos principais mercados e depois porque a sua fiabilidade e acessibilidade têm uma enorme reputação em diversos pontos do globo.
Como tudo começou
Logo após o final da segunda guerra mundial, a indústria automóvel no Japão arrancou com um enorme vigor e de uma forma bem estruturada e organizada, avançando rapidamente para uma produção em série e para a exportação de automóveis, com o objetivo de os levar a uma população que também se encontrava a reerguer deste período e começava a ter novas necessidades de mobilidade.
Marcas como a Toyota ou a Honda, por exemplo, começaram a marcar uma forte presença, não só no mercado japonês, como no norte-americano e no europeu, onde, em alguns casos, conseguiram mesmo registar um número de vendas mais elevado do que o registado pelas marcas produzidas nesses mesmos mercados.
Qualidade e diversidade
De uma forma geral, os construtores de automóveis nipónicos tentam produzir os modelos que melhor se adaptem ao maior número de pessoas, sendo que a grande maioria destes mesmos modelos terá de competir com os vários formatos de automóvel que estão disponíveis em todos os mercados, para onde os automóveis japoneses são exportados.
Ou seja, cada um dos modelos produzidos terá de agradar à grande maioria dos consumidores no maior número de aspetos possível, mas também superar tudo aquilo que os seus rivais poderão incluir, seja em termos de equipamento ou tecnologia, prazer de condução, qualidade e preço. E apesar de tudo isto, há muitos que conseguem mesmo.
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Por norma, os carros japoneses são desenvolvidos com o propósito de desempenhar uma função, que é a de transportar pessoas de um lado para o outro. Nas prioridades, costuma estar sempre a obtenção da maior quantidade de espaço dedicado aos passageiros, mas também uma forma de incluir todos os componentes mecânicos sem que estes ocupem muito espaço ou se façam sequer notar. Mas espaço para a pessoa, menos para a máquina. É uma das prioridades no desenvolvimento de modelos como o Honda Jazz, por exemplo.
Acessibilidade e preços
O mercado europeu, em especial o mercado nacional, não é dos melhores exemplos para este tema, uma vez que por cá, os carros que mais vendem são os que têm mais equipamento, uma vez que é importante o visual de cada modelo e isso acaba por influenciar o preço. Mas de uma forma global, os carros japoneses são conhecidos por ser uma alternativa mais em conta.
Os automóveis que são vendidos em maior número tentam incluir tudo aquilo que um consumidor médio precisa e não tudo aquilo que este mesmo consumidor gostava de ter, o que permite organizar uma gama de uma forma mais acessível e para um maior número de pessoas.
Além disso, a dimensão da indústria automóvel no japão e o seu avanço tecnológico faz com que os automóveis possam ser produzidos de uma forma mais rápida e mais isenta de falhas, recorrendo a linhas de montagem com diversas zonas automatizadas, por exemplo.
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E a quantidade de modelos que é produzida permite que cada uma das marcas possa ter uma solução mais adequada para cada pessoa. Numa mesma marca, será possível optar por um pequeno carro citadino, barato e simples de utilizar, mas também por um SUV topo de gama, com uma imagem muito luxuosa e com acabamentos de topo de gama.
Boa reputação e fiabilidade
A indústria automóvel japonesa é a maior e a mais desenvolvida do planeta, mas também uma das mais avançadas do ponto de vista tecnológico. A maior proximidade com a concorrência mais direta faz com que a pressão de fazer “rápido e bem” seja cada vez maior, levando a que todos os automóveis possam ser fabricados com uma maior cadência e de uma forma quase isenta de falhas. Tudo isso são fatores importantes que acabam por elevar a reputação de cada uma das marcas, mas que também garante a sua fiabilidade e um elevado grau de qualidade.
Manutenção simples
O fato de a produção de um automóvel ser feita em maior número, uma vez que é pensada de uma forma global, faz com que também exista um enorme mercado de peças sobressalentes, sejam as oficiais, produzidas pelos construtores, mas também as paralelas, capazes de produzir componentes que são quase idênticos aos originais.
Outra das vantagens é que os japoneses têm uma filosofia de aprendizagem, o que os leva a querer descobrir diversos assuntos de uma forma natural como, por exemplo, tratar do seu próprio automóvel, evitando deslocações a concessionários para a resolução de coisas simples. E isso também contribui para que cada um dos modelos tenha uma manutenção mais simples, em vez do que já acontece com algumas propostas europeias em que já nem se consegue abrir o capot, a menos que isso seja feito por um dos técnicos oficiais da marca.
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