mercedes carros formula 1

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Porque é que a Mercedes lançou dois carros de F1 diferentes?

O começo de cada ano marca também o início de um cronómetro que espera ansiosamente pelas novidades que as equipas de Fórmula 1 têm andado a desenvolver nos últimos meses. No entanto, só mesmo em fevereiro é que costumamos começar a assistir a apresentações oficiais de cada equipa, com um novo carro e uma dupla de pilotos. Apesar deste evento, ainda existe muito trabalho pela frente até que se apaguem as cinco luzes vermelhas da primeira prova do ano.

O carro da apresentação oficial

Por norma, o primeiro carro serve apenas para mostrar as cores da equipa para a temporada que se está prestes a iniciar e inclui o formato base, construído segundo as regras da FIA (Federation Internationale de l’Automobile). Aquele que será mesmo conduzido pelos pilotos continua a ser uma surpresa até para eles, que, nesta fase, têm muito mais horas de simulador do que de pista propriamente dita.

O trabalho dos pilotos é fundamental para o desenvolvimento dos novos modelos, mas além do que foi apresentado com as novas cores, ainda são muitas as soluções que cada equipa vai desenvolver. Umas que não vão (muito) de encontro às regras oficiais, outras explorando as lacunas que essas mesmas regras poderão ter. E como o segredo ainda é a alma do negócio, ninguém quer mostrar a versão finalizada logo na apresentação da equipa.

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Mercerdes-AMG Petronas F1 Team

Usando a Mercedes-AMG Petronas F1 Team apenas como exemplo, o dia da apresentação da equipa ficou marcado pela entrada de George Russel na equipa, que se juntou a Lewis Hamilton, substituindo Valtteri Bottas. Ouvimos um discurso de Toto Wolff, comentando um pouco do passado, mas mais focado no que será o futuro e conhecemos o novo monolugar da equipa, que abandonou os tons mais negros e fez regressar a sua decoração ao cinzento mais característico dos “Silver Arrows”.

E foi precisamente neste momento que se começaram a perceber as diversas fases de desenvolvimento de diversos componentes e soluções. É que o modelo apresentado, pouco ou nada tinha a ver com a imagem revelada pela equipa nas redes sociais, o que confirma a ideia de que até ao primeiro grande prémio, o caminho ainda é longo.

Uma vez que se trata da equipa que já conquistou oito campeonatos de construtores no mundo da Fórmula 1, não é de estranhar que esta seja uma das apresentações mais desejadas de assistir, com técnicos especializados a olhar para cada detalhe de cada imagem, em busca de soluções que também poderão melhorar na sua equipa ou perceber qual foi a interpretação que a Mercedes deu a um determinado tema. E claro que a Mercedes também tem o mesmo tipo de equipa a olhar para todas as outras apresentações.

Apenas no lançamento, ficamos com a ideia de que há, de facto, dois carros diferentes, até porque se compararmos a imagem apresentada nas redes sociais com o modelo revelado na apresentação, vamos descobrir asas diferentes, um corpo totalmente diferente na zona que cobre o motor, soluções aerodinâmicas que pouco ou nada têm a ver, um sistema de DRS onde parecem faltar peças numa das imagens e até tampões de jantes que nem sequer são comparáveis. E desde o modelo da apresentação até ao que vamos conhecer na fase de testes de Barcelona, vamos descobrir ainda mais diferenças e em relação ao que estará presente no primeiro grande prémio, acontecerá precisamente o mesmo.

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O lançamento de um novo monolugar de Fórmula 1 é apenas o início da aventura para quem vê de fora e uma das fases de desenvolvimento na agenda de cada equipa. Até ao primeiro Grande Prémio, em meados de março no Bahrain, ainda há muito para desenvolver, testar, afinar, melhorar e ajustar.

Na Fórmula 1 o segredo é a alma do negócio

Todo este secretismo fica comprovado em momentos como aquele a que pudemos assistir na corrida de Imola, em que logo no início da prova Fernando Alonso recebeu um toque, que viria a provocar um enorme buraco do lado direito do carro. E neste momento, uma das grandes preocupações, passava por descobrir como estavam posicionados os radiadores do Alpine.

Após as corridas, há diversas horas que são passadas em frente a monitores, com o objetivo de rever cada volta de cada prova e descobrir novos detalhes que possam ter passado despercebidos, tais como o que revelou que a asa dianteira dos Mercedes ficava muito mais plana a alta velocidade do que maioria dos outros monolugares ou diversos outros pormenores também relacionados com a aerodinâmica e que podem dar uma ajuda num campeonato em que todo e qualquer milésima de segundo é importante.

Nos bastidores, ou seja, na sede das mais variadas equipas, e agora que já nos encontramos próximos do final da primeira metade da temporada, ainda há elementos que continuam a ser desenvolvidos, soluções que continuam a ser melhoradas e novas ideias serão sempre bem-vindas e continuam a ser exploradas, em busca do tal milésimo de segundo extra que poderá fazer toda a diferença no campeonato tão exigente como é o de Fórmula 1.

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