Os designers de automóveis criam no presente veículos para o futuro, jogando com a tradição e a modernidade para alcançar o melhor compromisso possível entre o estilo e o sentido prático. Mas, em mais de um século de história da indústria, nem sempre os dois conseguiram andar de mãos dadas.
A história automóvel não se faz apenas de belos automóveis, mas também de carros banais, sensaborões e outros verdadeiramente pavorosos. É, precisamente, sobre os mais feios que tentámos chegar a um consenso.
Serão estes os 10 carros mais feios de sempre?
Fiat Multipla
Se quiser experimentar fazer uma pesquisa no Google para descobrir qual é o carro mais feio do mundo, a resposta será com toda a certeza o Fiat Multipla – a par do não menos horroroso Pontiac Aztek, que não se comercializou entre nós. E não é para menos. O modelo italiano, um dos únicos a acomodar uma família de seis elementos em duas filas de bancos, é o exemplo perfeito de como não combinar forma e função.
Construído sobre a plataforma do Bravo/Brava, o Multipla era mais curto e largo do que todos os seus concorrentes, mas oferecia mais espaço a bordo e uma boa bagageira, com 430 litros na configuração de seis lugares, ou 1900 litros com os encostos dos bancos posteriores rebatidos.
Quanto custa um Fiat Multipla?
AMC Gremlin
Não é só um dos piores designs da história, como um dos nomes mais infelizes alguma vez escolhidos para um automóvel. O Gremlin, da American Motors Corporation, era um automóvel compacto que devia responder às necessidades de transporte do início da década de 1970, económico e fácil de conduzir, numa carroçaria de hatchback que não devia nada à beleza. A AMC produziu o modelo até 1978, com motores de seis cilindros em linha, V8 e um bloco quatro cilindros de origem Volkswagen.
Alfa Romeo Z33 TL
Quando pensávamos que a Alfa Romeo não sabia fazer carros feios, eis que surge o Z33, apresentado no Salão de Genebra de 1983. As linhas, da autoria do reputado gabinete de estilo da Zagato, pretendiam representar uma espécie de abordagem ao conceito de SUV, tão na moda hoje em dia. Tinha um habitáculo para seis ocupantes e uma frente medonha. Felizmente, a Alfa Romeo decidiu não avançar com a produção em série.
Subaru Impreza Casa Blanca
Na década de 1990, a Subaru decidiu criar uma versão carrinha do Impreza. Era basicamente o carro de ralis ligeiramente esticado para ganhar versatilidade e uma mala maior, mas ninguém estava preparado para esta versão Casa Blanca, uma edição especial, mais requintada e com “tiques” de Jaguar.
Com o para-choques, a grelha e as óticas dianteiros totalmente reformulados, e com o nariz que mais parecia que a qualquer momento cairia no chão, salvava-se o fiável motor 1.5 boxer de quatro cilindros.
SsangYong Rodius
Em matéria de design automóvel, a coreana SsangYong podia ter uma lista só sua. Mas se podemos apenas escolher o mais feio alguma vez lançado por aquela marca, votamos no Rodius. Para a criação deste automóvel incompreendido na Europa, os designers da SsangYong foram buscar inspiração ao mundo da náutica e aos iates de luxo. Não conseguiram levar a ideia a bom porto…
Renault Vel Satis
Há quem defenda que o topo de gama que a Renault lançou em 2001 foi um automóvel à frente do seu tempo e, por isso, incompreendido. As opiniões dividem-se, com muitos clientes da marca a classificarem o modelo como sendo simplesmente horroroso. E os números não mentem. De acordo com a marca, o Vel Satis originou 1,15 mil milhões de euros de prejuízo, levando a marca do losango a perder qualquer coisa como 18 mil euros por unidade vendida.
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Citroën AMI 6
Não era bonito, com o seu óculo traseiro invertido e a estranha silhueta batizada de “Linha Z”, mas o Citroën AMI 6 de 1961 esteve em comercialização durante uma década, merecendo rasgados elogios pela originalidade e inovação. O óculo traseiro invertido, por exemplo, não só se mantinha limpo quando chovia, como também permitia uma bagageira de abertura convencional e boa capacidade, e muito espaço nos bancos traseiros. Em 1964, chega a versão Break, criada por Henri Dargent e por Robert Opron, sucessor de Bertoni.
Aston Martin Lagonda Shooting Brake
Lançado em 1976, o Aston Martin Lagonda devia devolver a marca britânica aos resultados positivos, com um design clássico, mas pejado de apontamentos de estilo futurista, a combinar com o atrevimento sob a forma de um potente motor V8 de 5.3 litros. Só 645 foram fabricados em 12 anos e foi já depois de terminada a produção que os suíços da Roos Engineering decidiram reinventar o modelo britânico como uma carrinha. Deu nisto…
Sbarro Autobau
Criado pelo designer italiano Franco Sbarro, o Autobau pretendia homenagear o piloto suíço Fredy Lienhard, vencedor das 24 horas de Daytona na temporada de 2002. Apresentado no salão de Genebra, o superdesportivo estava equipado com um motor V12 de origem Ferrari capaz de alcançar os 500 cv de potência.
Honda Insight (1.ª geração)
O lançamento do Honda Insight original, em 1999, foi marcante a todos os níveis. Não era só o primeiro carro híbrido a ser comercializado na Europa e nos Estados Unidos, com um dos mais estranhos que podíamos ver nas estradas a circular, com as suas rodas traseiras parcialmente cobertas pela carroçaria, solução que permitia tornar o conjunto muito mais aerodinâmico.
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