O renting automóvel, ou aluguer operacional de viaturas (AOV), é um contrato em que é fixada uma renda pela utilização de um veículo e que inclui uma série de serviços relacionados, libertando o condutor do ónus de ter de se preocupar com várias despesas associadas, como seguro, impostos, manutenções, inspeções.
Num renting automóvel, a aquisição não é considerada. Em vez disso, no fim do contrato, é possível escolher entre esticar o tempo em que se tem o veículo e manter a renda (ou renegociá-la), mas também com o mesmo contrato ir buscar um automóvel mais recente, ficando a pagar o mesmo valor.
Renting = Menos dores de cabeça
Ao longo do tempo em que se tem o automóvel, a responsabilidade sobre a viatura é da empresa de renting. Significa isto que há menos dores de cabeça a considerar, sobretudo quando se ouve qualquer barulhinho estranho que, caso o carro fosse comprado, significaria uma penosa e dispendiosa ida à oficina.
No caso do renting, a manutenção, seja preventiva ou reparadora, fica a cargo da entidade que tem a propriedade do automóvel. Dessa forma, as manutenções programadas, as revisões recomendadas pelo fabricante, mas também arranjos que resultem de avarias ou de desgaste (como as pastilhas dos travões) são despesas a serem suportadas pela empresa de renting.
Artigo recomendado: ALD, leasing, renting, crédito automóvel ou crédito pessoal?
Durante o tempo em que o carro está na oficina, poderá ser requisitada uma viatura de substituição se a situação for contemplada pelo contrato. Mas, atenção: qualquer serviço representa um custo; se não imagina ter necessidade de um carro de substituição, pode sempre negociar a exclusão desse serviço por uma renda mais baixa.
O mesmo se aplica em caso de acidente. Nessa situação, também todo o processo é tratado por quem recebe a renda. Se se vir envolvido num sinistro, terá de informar a empresa de renting para que tome conta de todo o processo, da abertura do caso às peritagens,
Saiba como pode poupar num renting automóvel
Com carro, sem obrigações
A regularização do Imposto Único de Circulação ou a apresentação do automóvel num Centro de Inspeção Periódica são obrigações do proprietário do carro e não de quem o arrenda.
No caso do IUC, o pagamento é efetuado pela empresa de renting e o comprovativo enviado para a sua caixa de correio. Já a inspeção é avisada com antecedência, bastando ao condutor apresentar-se no centro à hora marcada.
Um item importante que está incluído é a apólice do seguro de responsabilidade civil com serviço de assistência em viagem, mas também de danos próprios, com quebra isolada de vidros, atos de vandalismo e fenómenos da natureza.
O contrato de renting pode ainda incluir substituição de pneus, algo que deve ser equacionado antes de assinar. Se, por um lado, pode ser útil ter esse opcional contratado se estiver a ponderar realizar muitos quilómetros, por outro, no cado da sua utilização do automóvel for para curtas distâncias, pode representar um agravamento desnecessário da fatura do renting.
Desleixo pode custar caro
Se é verdade que todas as despesas do carro, incluindo de manutenção, estão incluídas, a responsabilidade da empresa de renting termina onde começa o desleixo (ou até mesmo a distração) do condutor.
Assim, avarias ou problemas que resultem de uma utilização descuidada serão da responsabilidade de quem paga o renting e não de quem o recebe. Por exemplo, se se enganar no combustível e tal resultar em danos no motor, o arranjo ficará a seu cargo.
Artigo recomendado: Comprar carro: todos os termos que precisa conhecer
E não é por não ser seu que não tem de se preocupar onde o estaciona ou que tratamento dá ao seu interior. Riscos, amolgadelas ou forros rotos podem resultar em penalizações no final do contrato. Aliás, pode ser uma boa ideia dar uma revisão geral ao automóvel antes de o ir devolver.
Tamanho e distância também importam
O tamanho do carro, o seu modelo, a marca, o equipamento. Tudo isto irá influenciar o valor do renting a pagar. Mas também os quilómetros previstos.
No início do contrato, vão pedir-lhe uma estimativa dos quilómetros que irá percorrer ao longo do período da sua vigência. Não o faça de ânimo leve. Contabilize os quilómetros à risca, já que quanto mais forem, mais irá pagar.
Também não compensará “enganar” o sistema e informar um valor baixo para pagar menos. Se na altura da devolução o conta-quilómetros apresentar uma distância superior ser-lhe-á pedido o pagamento dos quilómetros que estão a mais (se sobrarem, ser-lhe-á devolvido o valor respetivo).
Caso tenha tido um imprevisto que o obrigou a fazer quilómetros a mais, dirija-se à empresa de renting e peça para fazer uma atualização ao contrato: vai custar menos!
Leia também:
