motos eletricas um segmentos com muito potencial

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Motos elétricas: um segmento com muito potencial

As motos elétricas estão cada vez mais em voga, tendo-se tornado símbolos da mobilidade sustentável, especialmente urbana, onde a sua utilização é mais comum. Além disso, têm-se destacado quer pela tecnologia que empregam, quer pela economia de utilização que proporcionam, servindo vários perfis de consumidores.

Mas, antes de mais, o que são motos elétricas? São veículos de duas (ou até três) rodas que contam com um motor elétrico no lugar do tradicional motor de combustão. Por outras palavras, em vez de gasolina, são movidas a energia elétrica, sendo esta já uma das grandes tendências do mercado.

Para armazenar energia, as motos elétricas dispõem de baterias, geralmente de iões de lítio ou chumbo, que podem ser recarregadas a partir de qualquer fonte de energia (leia-se tomada) doméstica, variando o tempo de recarga, em média, entre quatro e seis horas.

De uma forma geral, podemos classificá-las em dois tipos: motociclos e scooters. Os motociclos são modelos nos quais o condutor exerce os seus dotes de pilotagem com uma perna de cada lado. Nestes casos, o motor costuma estar posicionado na parte inferior do quadro, com o restante espaço a ser ocupado pelas baterias.

Já as scooters, são modelos que não dispõem de quadro central. O condutor vai sentado com as pernas juntas e apoiadas sobre uma plataforma na base do veículo. O motor fica, diretamente, acoplado à roda traseira e as baterias estão posicionadas abaixo da plataforma onde estão os pés de quem conduz.

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Motos elétricas: vantagens e desvantagens

As motos elétricas apresentam diversos benefícios que podem fazer com que os consumidores as prefiram em detrimento das motos tradicionais (com motor de combustão). A principal vantagem é, sem dúvida, aeconomia que a energia elétrica oferece em comparação com a utilização de combustíveis tradicionais.

Além da economia, a utilização de energia elétrica em vez de combustíveis fósseis reduz as emissões para praticamente zero. O funcionamento dos motores elétricos também é silencioso, contribuindo para reduzir a poluição sonora nas cidades. Outra vantagem das motos elétricas é que não requerem tanta manutenção, já que são mais simples e apresentam menos componentes internos.

E quanto a desvantagens? Apresentam uma autonomia inferior comparativamente às motos convencionais. Devido ao pouco espaço para armazenar baterias, não são recomendadas para trajetos mais longos. Outro fator que pode ser um obstáculo para viagens maiores é a velocidade das motos elétricas, que também é inferior.

Importa frisar, contudo, que, de acordo com o Código da Estrada (CE), as motos elétricas são consideradas ciclomotores. Por isso, devem circular sempre na faixa mais à direita e não podem andar em autoestradas.

Perante a expansão do mercado de veículos elétricos, são cada vez mais os stands de motos e automóveis que têm interesse nas motos elétricas para aumentar a sua oferta de soluções. Até porque as motos apresentam características que vão ao encontro das necessidades de muitos condutores, sobretudo em zonas urbanas.

A escalada do preço dos combustíveis tem levado os consumidores a procurar alternativas mais económicas e sustentáveis para se deslocarem no seu dia a dia, seja em trabalho ou lazer. Ainda que as motos elétricas sejam mais caras, o investimento terá retorno a médio prazo, já que os custos com consumo e manutenção são inferiores.

O que dizem os números

Segundo dados da ACAP (Associação Automóvel de Portugal), o mercado de veículos de duas rodas, triciclos e quadriciclos registou um aumento de 19% nos primeiros cinco meses de 2022 face a igual período do ano anterior, tendo sido matriculadas 16.630 unidades novas.

Analisando apenas maio de 2022, o mercado de representantes oficiais de marca a operar em Portugal no que se refere a veículos novos de duas rodas, triciclos e quadriciclos registou um crescimento de 4,9% comparativamente ao mesmo mês de 2021, tendo sido matriculadas 4.426 unidades, das quais 4.310 foram PTWs (Powered Two and Three Wheeled Vehicles, ou veículos motorizados de duas e três rodas, em português).

Numa análise individualizada pelos principais tipos de veículos, no período referido, constatou-se que o mercado de ciclomotores novos matriculados pelos representantes oficiais de marca totalizou 150 unidades em maio de 2022, tendo apresentado uma variação positiva de 11,1% face ao mês homólogo de 2021. Já em termos acumulados, de janeiro a maio de 2022, foram matriculados 648 ciclomotores, o que se traduziu num acréscimo de 1,4% relativamente a igual período do ano anterior.

No que aos motociclos diz respeito, em maio de 2022 foram matriculadas 4.134 unidades, o que representou um aumento de 3,7% face a igual mês de 2021. Em termos acumulados, de janeiro a maio de 2022, o número de unidades matriculadas aumentou 18,9% comparativamente ao período homólogo do ano anterior, tendo sido colocados em circulação 15.345 novos motociclos.

Já os motociclos de cilindrada até 125 cm3, registaram, no quinto mês deste ano, um total de 2.510 unidades matriculadas, o que representou um crescimento de 17,2% face ao mês homólogo de 2021. Quanto ao número acumulado nos cinco primeiros meses de 2022, situou-se em 8.024 unidades, o que correspondeu a um aumento de 20,8% por comparação com igual período do ano anterior.

Em relação aos motociclos com cilindrada superior a 125 cm3, no quinto mês de 2022 foram matriculados 1.624 veículos, o que representou uma queda de 11,9% face ao mesmo mês de 2021. Em termos acumulados, entre janeiro e maio de 2022, foram matriculadas 7.321 unidades, o que representou um crescimento de 17% em relação a janeiro-maio do ano passado.

E quanto aos triciclos? O mercado registou um decréscimo de 25,7% em maio de 2022 face a igual mês de 2021, tendo registado 26 unidades matriculadas. De janeiro a maio de 2022, foram matriculou 95 veículos, precisamente os mesmos do que no mesmo período de 2021, não havendo, assim, qualquer variação a registar.

Agora, os quadriciclos. O mercado matriculou 116 unidades em maio de 2022, o que representou um acréscimo de 81,3% face a igual mês de 2021.
 Já nos primeiros cinco meses de 2022, as matrículas registaram um crescimento de 58,5% em relação ao período homólogo de 2021, tendo sido matriculados 542 quadriciclos.

Gasolina (ainda) domina

Deixando agora de parte os triciclos e quadriciclos, de acordo ainda com a ACAP, no mês de maio de 2022 foram matriculados em Portugal pelos representantes oficiais de marca, 4.134 motociclos, dos quais 4.062 a gasolina (98,3%) e 72 elétricos (1,7%). Em termos acumulados (janeiro a maio de 2022), os números alteram-se para 14.994 (97,7%) unidades no caso dos motociclos a gasolina e 351 unidades no que aos motociclos elétricos diz respeito (2,3%).

Terminamos com dados de vendas de motociclos elétricos, ou seja, movidos a bateria (BEV), por marca. Com 142 unidades matriculadas de janeiro a maio de 2022 (das quais 11 em maio), a liderança pertence à Super Soco com o modelo CPA, seguindo-se-lhe, em 2.° lugar, também a Super Soco, mas com o modelo TCM (61 unidades de janeiro a maio, das quais 17 em maio), e, em 3.° lugar, a BMW com o modelo CE04 (23 unidades de janeiro a maio, das quais 3 em maio).

A completar o top 5, estão dois modelos da NIU: MQi GT Sport (22 unidades matriculadas de janeiro e maio, das quais 3 em maio) e NQi GT Sport (18 unidades matriculadas de janeiro e maio, das quais 2 em maio).

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