historia da honda

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“O Poder dos Sonhos”: conheça a história da Honda

história da Honda remonta a Outubro de 1946, com a fundação da Honda Motor Company, Ltd., em Hamamatsu, no Japão.

Fundada por Soichiro Honda, a construtora japonesa dedicou todo o seu percurso industrial sobretudo no fabrico de automóveis e motas. Até aos dias de hoje, a marca construiu um legado bastante singular.

Considerada uma das marcas de automóveis mais importantes do mundo, a história da Honda é também a história do Japão no pós guerra. A Honda fez parte da infeliz lista de empresas que foram destruídas pelos bombardeamentos e miséria social que se fazia sentir pelos danos colaterais provocados durante a segunda guerra mundial na década de 40.

Ao mesmo tempo, esta é a história de uma marca que lutou contra os fracassos e as dificuldades encontradas pelo seu percurso. O povo japonês porta consigo valores de ética moral bastante firmes com um elevado nível de disciplina e sacrifício para obter resultados.

Nesse aspecto, Soichiro Honda provou a si mesmo e ao mundo que os genes não enganam e tal como os samurais, a persistência não escolhe factores externos. O poder dos sonhos é na prática o poder da resiliência.

Com a empresa sediada em Minato (Tóquio) no Japão, a marca continua a conquistar uma legião de fãs por todo o mundo, exportando todos os seus modelos um pouco por todos os quatro cantos dos globo.

Fique a par da história da Honda e conheça alguns dos seus modelos mais emblemáticos.

Conheça a história da Honda


mota honda

A história da Honda começa pela realização do sonho de Soichiro Honda, um engenheiro que iniciou a sua vida profissional aos 16 anos, como aprendiz numa oficina em Tóquio, no Japão.

Soichiro tornou-se num jovem obcecado por veículos motorizados e sonhou fazer carreira nesta área desde que viu um automóvel pela primeira vez. Assim, com sede pela realização dos seus sonhos, Soichiro Honda começou por criar a sua própria oficina.

Com 30 anos de idade, o jovem sonhador passou a desenvolver peças mecânicas para depois aplicar nos automóveis, ao invés de apenas repará-las como a maioria das oficinas fazia. Ao mesmo tempo, começou por fabricar anéis de pistões.

Como os anéis não conseguiram atender aos padrões requeridos pela marca japonesa Toyota Corporation, Soichiro pediu ajuda a um antigo professor e, ao fim de dois anos, acabou mesmo por assinar um contrato com a Toyota para exclusivamente fornecer os anéis àquela que um dia iria ser a sua concorrente.

A luta de Soichiro para entrar na indústria automóvel foi sempre incansável, mas foi o pós-guerra que permitiu-lhe uma alavancagem.

Em 1946, o período de pós-guerra fazia o Japão reerguer-se lentamente da destruição massiva um pouco por todas as cidades. Foram tempos complicados em que, quem tivesse um automóvel ou uma motorizada, seria certamente alguém que se podia dar a um luxo bastante particular.

Ao reparar nisso, Soichiro Honda começou a desenvolver uma solução, como forma de conquistar novamente o positivismo do povo japonês.

Ao recorrer a um gerador de um rádio militar antigo e utilizando a sua criatividade natural, Honda criou a primeira bicicleta motorizada, que serviu como forma de transporte para todas as pessoas e mudou o dia-a-dia da população japonesa abatida pela guerra sem quaisquer recursos para se deslocarem.

Primeiro automóvel da Honda

S500 Roadster

O grande passo de Soichiro ocorreu com o fabrico daquele que viria a ser o primeiro automóvel da Honda. Contudo, por infortúnio, o governo japonês criou uma lei que forçava a fabricante Honda a cingir-se apenas às motorizadas.

Sem ceder à opressão, o irreverente Soichiro Honda prosseguiu com o seu projeto, do qual nasceu o S500 Roadster, em 1963, o primeiro automóvel da Honda.

Atualmente, e fazendo uma retrospetiva, pode afirmar-se que os modelos da Honda sempre foram equipados com motores muito fiáveis e os carros em si, obedeceram sempre a um princípio bastante típico de uma construtora japonesa tradicional, ou seja, carros muito bem dotados de uma boa qualidade de construção.

A utilização de materiais nobres ou mais sofisticados nunca entraram particularmente na lista de opções prioritárias. De facto, todos os modelos Honda obedeceram – dentro um ponto de vista de construtivo – a um modelo padrão bastante técnico e simplista. Mas esta não é de todo uma referência que descredibiliza a boa qualidade generalista aplicada em todos os modelos da marca.

Percurso e ligação com o desporto automóvel

Embora a Honda tenha ligação com várias modalidades no deporto automóvel, a ligação mais marcante foi com a Fórmula 1 juntamente com a equipa McLaren, nomeadamente nos meados dos anos 80 e início dos anos 90.

A época dos anos 80 foi caracterizada pelos motores turbo V6, capazes de alcançar mais de 1000 cv de potência. Esta época ficou marcada pela interessante parceria entre a construtora japonesa e inglesa, especialmente quando a McLaren teve na sua posse dois pilotos de excelência, o francês Alain Prost e o brasileiro Ayrton Senna.

Para os mais apaixonados e que seguiram de perto a Fórmula 1 nestas décadas, relembramos que Honda foi relevante para atribuir 3 campeonatos do mundo ao piloto brasileiro e ter conquistado 15 dos 16 Grande Prémios, assim como o mesmo número de pole-positions, na temporada de 1988.

A Honda simpatizava muito com Senna, pela sua forma de ser e o contacto directo e constante que este prestava  com os mecânicos. De facto, os engenheiros viam-no como um “samurai”, uma pessoa devota, trabalhadora e que se sacrificava em pista. A sua ligação com a Honda foi muito boa assim como com o povo japonês.

Míticos mototes VTEC

Importante será ainda mencionar que, em unanimidade, esta tipologia de motores criados pela Honda acabaram por ser muito eficientes e fiáveis. A tecnologia VTEC (Variable Valve Timing and Lift Electronic Control) conquistou uma legião de fãs e ainda hoje fazem parte de um culto bastante presente entre vários apaixonados pela mecânica e indústria automóvel.

Esta tecnologia assenta num sistema de comando de válvulas variável e foi desenvolvido pela Honda em 1983, para aumentar o binário dos motores em baixas e altas rotações. Um veículo equipado com esta tecnologia, é extremamente fiável, sendo que, ainda hoje, com 20 ou 30 anos, funcionam em perfeito estado.

Conheça 5 modelos que marcaram a história da Honda

Desde modelos desportivos a citadinos, a História da Honda conta com alguns modelos que marcaram gerações. Entre vários, destacamos os mais marcantes:

1. Honda Civic

Honda Civic

Todas as versões do Civic contribuíram para um autêntico “chamariz” de jovens condutores que apreciavam a estética desportiva entre todas as gerações. Com dimensões compactas, uma posição de condução desportiva com baixo efeito ao solo e praticar preços muito mais competitivos que a concorrência, o Civic marcou (e continua a marcar) todos os condutores que apreciem o lado prático e irreverente num automóvel.

2. Honda Prelude 

Honda Prelude

Um coupé muito bem apreciado entre a comunidade de condutores que apreciem um comportamento  desportivo, o Prelude original de 1988 introduziu na Honda a tecnologia de tracção e direcção a quatro rodas. Sem duvida, um dos ícones mais apreciados pelos apaixonados da marca nipónica e mais um modelo que realçou no bom sentido a história da Honda.

3. Honda S 800

Honda S 800

Disponível em versão descapotável e coupé, o Honda S800 foi de facto o primeiro do modelo da história da Honda. Devoto pelo seu design carismático e por ser pioneiro na conquista do mercado asiático e europeu.

4. Honda Accord

Honda Accord 

Apresentado pela primeira vez em 1976, o Honda Accord foi considerado um dos automóveis mais fiáveis do mundo entre as suas gerações correntes. Em 2014 foi eleito o carro mais sustentável pela revista americana Green Car Journal.

5. Honda NSX

Esta lista estaria incompleta se não constasse o mítico NSX. Este foi um modelo desportivo produzido pela Honda em 1990 e foi essencialmente projectado para fazer concorrência directa aos Ferrari, Lamborghini e Porsche, inteligentemente competindo com um preço mais acessível. O NSX foi desenvolvido em parceria com Ayrton Senna, com o objectivo de que o piloto pudesse injectar todo o seu conhecimento e toda a sua técnica adquirida através da participação no Mundial de Fórmula 1 conduzindo os monologares da marca.

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