O termo carro de entrada de gama é utilizado para definir os modelos “básicos” de automóveis. Também apelidados de “carros populares”, são modelos desprovidos de algumas “mordomias” e que apresentam preços mais acessíveis.
Face ao aumento do custo de vida, os carros de entrada de gama são os que mais hipóteses têm de encontrar dono, sendo adequados para consumidores que não podem (ou não querem) despender muito dinheiro na aquisição de automóvel.
Por serem carros mais acessíveis, pertencentes a segmentos mais baixos, os modelos de entrada de gama contam com várias características que os diferenciam dos modelos superiores.
Quais? São mais compactos em tamanho; exibem um design mais simplista; tem menos espaço interior e volume de bagageira; por vezes têm apenas três portas; o motor tem menor cilindrada e menos potência; são mais humildes em equipamento e tecnologia.
Contudo, mesmo nos segmentos mais baixos, os automóveis têm sofrido uma evolução sem precedentes. Hoje, um citadino é incomparavelmente melhor do que era há meia dúzia de anos.
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O principal fator que influenciou a introdução dessas melhorias foi o aumento da exigência dos consumidores, que cada vez menos abdicam de conforto e tecnologia, a par da evolução da própria indústria automóvel em matéria de segurança e emissões.
Menos é mais
A principal vantagem de ter carros de entrada de gama no seu stand é, sem dúvida, o preço. É possível ao consumidor adquirir um carro com zero quilómetros abaixo dos 10.000 euros. Até já existem veículos elétricos abaixo desta fasquia.
Além do preço pelo qual é comercializado, o carro de entrada de gama adiciona ainda a vantagem da economia de combustível. Motores de menor cilindrada e potência diminuta equivalem, regra geral, a baixo consumo de combustível e baixas emissões.
Isto para já não falar do facto de serem perfeitos para circular na cidade e estacionar, devido às suas dimensões compactas. Mais: são uma boa opção para quem deseja dar o carro como entrada no momento de trocar por um novo de maior volumetria.
Agora, impõe-se uma pergunta: vale a pena o stand investir em stock de carros de entrada de gama? Apesar de o número de consumidores interessados em adquirir um carro acessível ter diminuído, não devemos deixar de considerar que, cada vez mais, ter automóvel não é luxo, mas uma necessidade.
Mesmo com o aumento do custo de vida, os “carros populares” ainda são a opção para muitos condutores que decidem comprar o seu primeiro carro. Por essa razão, continua a ser interessante o stand ter stock deste segmento. Até porque existe quem prefira um automóvel com zero quilómetros menos equipado como alternativa a um modelo seminovo mais apetrechado.
Embora a procura por carros de entrada de gama esteja à espera de melhores dias, a tendência aponta para que venham a reunir mais compradores no futuro. Olhar para a tabela de vendas de modelos por marca em Portugal ajudar no momento de investir em stock.
Conhecer o cliente é essencial
Enquanto existem compradores que não abrem mão do espaço, do conforto, de um sistema de infoentretenimento completo e de tecnologia, outros há que optam por modelos mais compactos, económicos e sem um design muito elaborado. Depende muito de quem visita o stand.
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Neste sentido, para avaliar se investir em carros de entrada de gama é um bom negócio, convém, primeiro, conhecer o cliente. Importa referir que incluir carros de entrada de gama entre as opções cria mais um patamar no portefólio do stand, permitindo ao consumidor ter mais uma alternativa entre os modelos que fazem parte de uma marca.
Além disso, como o principal atrativo dos carros de entrada de gama é o preço, as margens de lucro acabam por ser mais baixas. Por isso, deve refletir se é possível assegurar a rentabilidade desejada com a venda desta tipologia de veículos. Se vender muito, compensará. Se, ao invés, as vendas forem ocasionais, mais vale apostar noutros segmentos.
Apesar de o poder de compra do consumidor ter diminuído, nunca o momento foi tão favorável aos carros de entrada de gama. Fruto, lá está, do aumento do custo de vida.
Pode parecer um contrassenso, mas é nas alturas de crise que o investimento em modelos mais acessíveis ganha expressão. Porque, afinal, ter carro não é um luxo, mas uma necessidade. A área de localização do stand também é relevante.
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