Quando se senta atrás do volante e “dá à chave” de ignição, costuma ouvir o motor a trabalhar, certo? Isto, claro, se o veículo for de combustão… Mas sabia que a proveniência do som nem sempre tem origem na mesma secção do carro?
Na verdade, existem três diferentes tipos de “arrumação” (colocação) do motor: à frente, ao centro e atrás. Ou, dito de outra forma, dianteiro, central e traseiro. Neste artigo, explicamos-lhe cada um e de que forma interferem na condução.
Espaço interior (passageiros traseiros), tração, dinâmica de direção, aceleração, desempenho de travagem, distribuição de peso, facilidade de manutenção e capacidade da bagageira. Eis os principais aspetos que são influenciados pelo posicionamento do motor.
Qual a melhor configuração? A resposta não é clara nem fácil de obter. Cada configuração tem características específicas que a tornam boa para algumas aplicações e menos adequada para outras. Tudo depende da tipologia do carro e da utilização a que se destina.
Motor dianteiro
O motor à frente é, definitivamente, o tipo de colocação mais comum. Nesta configuração, o motor está instalado à frente das rodas dianteiras e é acedido através da abertura do capot. Este tipo de “arrumação” oferece uma ótima tração e um excelente controlo da condução, sem exigências.
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Regra geral, o motor à frente é combinado com tração dianteira, ajudando a tornar o manuseamento do carro mais fácil e previsível. No entanto, esta configuração pode ser combinada com tração traseira.
Nesse último caso, como o motor está instalado na frente e a potência é transmitida às rodas posteriores, é necessária atenção redobrada durante a condução para não provocar nenhum desequilíbrio que aumente a probabilidade de haver uma derrapagem ou sobreviragem.
Motor central
Um carro equipado com motor central não é tão popular como um que disponha de motor dianteiro. Nesta configuração, típica de modelos desportivos, com comportamento mais apurado, o motor encontra-se colocado no meio do carro, entre as rodas dianteiras e traseiras.
Este tipo de configuração permite obter um excelente equilíbrio de peso entre a frente e a traseira e um centro de gravidade mais baixo. Por isso, o carro torna-se mais preciso, eficaz e divertido. No entanto, podem ocorrer peões caso não se calcule bem o que se pretende fazer.
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Nesta configuração, existe menos espaço interior (são apenas dois os lugares), pelo simples facto de o motor ocupar o espaço onde deveria estar a zona posterior do habitáculo. Por isso, nos carros com motor central só cabem, no máximo, condutor e acompanhante (por vezes, só condutor).
Motor traseiro
Um carro equipado com motor traseiro, que na gíria se chama “um tudo atrás” uma vez que a tração é transmitida às rodas posteriores, é quase uma raridade nos dias de hoje, ainda que a Porsche mantenha bem vivo este conceito no icónico 911 (que pode receber tração integral também).
Nesta configuração, o motor está colocado na parte de trás do carro, onde geralmente fica a bagageira nos modelos equipados com motores “arrumados” de outra forma.
Os veículos com este tipo de colocação para o motor recorrem a tração traseira ou integral. O que se traduz numa melhor aceleração que, regra geral, exige mais atenção e faz com que a condução desportiva esteja mais ao alcance de quem tem “unhas”.
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