Comprar carro: como escolher o melhor crédito automóvel

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Comprar carro: como escolher o melhor crédito automóvel

O crédito automóvel é uma modalidade de financiamento para comprar um carro novo ou usado que, apesar de poder ter uma reserva de propriedade em nome da entidade que avança com o dinheiro (semelhante à hipoteca de uma casa), será do utilizador após o pagamento de todo o contrato, no prazo acordado ou mediante amortização prévia.

Para quem chega com a carteira a “zeros”, esta é uma modalidade de financiamento viável, uma vez que, muitas vezes, não exige entrada inicial, além de as mensalidades poderem ser adequadas às possibilidades de cada um: as parcelas podem ser divididas por apenas 12 meses ou por uns extensos 120 meses – dez anos!

Como escolher o crédito automóvel mais indicado para si

1. Tenha em conta o seu perfil

É sobretudo sobre a decisão do período de pagamento que vai ser avaliada a taxa de esforço, essencial para que o crédito seja aprovado. A taxa de esforço é aquela que vai apreciar o peso que a prestação mensal do crédito terá no rendimento líquido do agregado familiar e avaliar se o seu pagamento é exequível ou demasiado pesado, o que irá envolver um risco acrescido de falta de pagamento.

Também para avaliar o risco é estudado o perfil de quem faz o pedido, nomeadamente com um levantamento junto do Banco de Portugal, não só dos vários encargos como do comportamento relativamente a eles: dívidas e incumprimentos serão sempre penalizados.

 

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Além destas informações, a instituição leva em conta se quem pede o financiamento está a trabalhar, tendo ainda atenção especial ao vínculo laboral – alguém a recibo verde terá mais dificuldade em obter um crédito automóvel do que um seu par com contrato efetivo por conta de outrem.

Resumindo: cada solução de crédito acaba por ser única, numa tentativa de melhor se adequar à realidade de quem recorre a este tipo de financiamento.

2. Faça contas a todas as taxas

Além de avaliar o seu próprio perfil antes de efetuar o pedido (e assim não ser apanhado desprevenido), quem vai comprar automóvel através de um plano de crédito deve fazer contas a todas as taxas.

O crédito automóvel pode ser assumido associado a uma taxa de juro variável, o que fará com que o valor da prestação a pagar oscile ao longo do tempo, ou a uma taxa fixa, que permitirá saber exatamente quanto terá de desembolsar todos os meses, mas cujo valor é normalmente mais elevado do que a primeira. No entanto, preste atenção à TU, a taxa de usura, definida a cada três meses pelo Banco de Portugal, e que representa um teto para os juros que a instituição cobra.

Contas feitas, e se não for possível avançar com uma entrada, avalie se valerá a pena proceder à amortização do capital financiado a meio do contrato – uma ação do género poderá garantir-lhe uma poupança de muitas dezenas de euros em taxas.

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Tome nota: sempre que recorre a um crédito automóvel, a instituição que o concede fica com a reserva de propriedade do veículo como garantia de pagamento. Ou seja, no Título de Registo de Propriedade, o cliente é o proprietário, mas para poder vender o carro, por exemplo, precisa de antes liquidar o crédito. Além disso, se entrar em incumprimento, a instituição poderá valer-se do direito de reclamar a propriedade do automóvel – uma situação que raramente ocorre de ânimo leve: nem as instituições desejam ficar com carros à porta nem quem busca um crédito quer deitar pela janela as prestações já pagas.

Um crédito sem reserva de propriedade adquire qualidades de um crédito pessoal, que sofre de mais pesadas taxas de juro.

3. Compare os vários créditos automóveis disponíveis no mercado

É certo que será sempre um crédito automóvel, mas a mesma solução de financiamento pode variar de instituição para instituição. Por isso, reserve tempo para comparar as condições de cada uma.

Comece pela proposta do concessionário – muitas marcas têm, aliás, soluções associadas a si –mas não deixe de percorrer as várias financeiras e instituições bancárias ou de crédito.

E não se esqueça: qualquer euro poupado numa mensalidade não é pouco, já que o terá de multiplicar por, no mínimo, o número de prestações que o espera. A diferença por vezes acaba por resultar na poupança de uma prestação inteira; é como se pagasse o carro em menos um mês.

 
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