Tipos de gasolina disponíveis no mercado

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Combustíveis de marca branca: poupança ou risco?

Uma diferença entre 10 e 20 cêntimos no preço do litro do combustível, seja este a gasolina ou a gasóleo, leva a que muitos automobilistas optem por atestar o carro em bombas de baixo custo. E, se durante muito tempo o mito de que o líquido mais barato era de qualidade duvidosa, hoje sabe-se que nada indica que as diferenças entre os combustíveis low cost e os de marcas reconhecidas provoquem uma diminuição no rendimento do automóvel ou um aumento no custo da manutenção.

A própria Galp, que fornece muitas das bombas de baixo custo, na maioria das vezes geridas por cadeias de supermercados, é perentória na garantia de que tanto a gasolina como o diesel de marca branca “cumprem todos os requisitos legais”. É certo que a empresa reforça o facto de as marcas tradicionais incluírem aditivos que “permitem uma lubrificação melhor do motor”, algo que não se encontra nos mais baratos. E quem trabalha com automóveis defende que o uso de energias low-cost resulta num menor intervalo entre manutenções – sobretudo quando se trata de um carro a gasóleo. No entanto, vários estudos apontam para que isto seja mais um mito do que uma realidade.

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O mito do aditivo

As vantagens de abastecer com um combustível aditivado são amplamente divulgadas por várias marcas tradicionais. E é fácil acreditar nas mesmas, até porque a lógica faz sentido: se um combustível é reforçado com um aditivo para proteger o motor, é natural que se julgue que isso irá aumentar a longevidade dos vários componentes do mesmo.

Outro facto muito propagandeado está relacionado com a forma como o carro desenvolve a sua potência, dependendo do combustível com que se atesta. E, se entre o combustível de marca e o low-cost não há grande diferença, abastecer com gasolina de 95 ou de 98 octanas pode ter resultados distintos – se, e só se, o carro o justificar. Ou seja, qualquer automóvel que tenha a recomendação de ser atestado com gasolina de 95 octanas não irá beneficiar em nada com a gasolina de 98 octanas. Já um desportivo, ou qualquer automóvel com uma elevada taxa de compressão, irá ter um rendimento superior quando se optar pela gasolina 98.

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Ainda assim, há uns anos, a organização de defesa do consumidor Deco Proteste publicou uma investigação que concluía que os efeitos de um combustível aditivado, simples ou de baixo custo eram “residuais”. Além disso, “o estudo”, lê-se, “não encontrou diferenças significativas que justifiquem a diferença de preço entre as marcas”.

A publicação da Deco originou uma resposta da Galp a esclarecer, enquanto fornecedora principal dos combustíveis que se encontram à venda em Portugal, que, antes de chegarem ao cliente final, os combustíveis passam por circuitos e processos diferentes de aditivação. E, tendo por base esta informação, a Galp refere que os resultados de testes “exaustivos” feitos por várias entidades independentes, inclusivamente construtores automóveis, “são bastante mais favoráveis do que os que foram encontrados pela Deco, não apenas em termos de poupança de combustível como de proteção e manutenção dos motores, de redução de emissões poluentes e outras”.

Vários combustíveis, uma lei

Já a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), que regula a qualidade dos combustíveis à venda em Portugal, atesta que “todos os combustíveis comercializados em território nacional têm que cumprir as especificações técnicas estabelecidas na legislação em vigor”.

Ou seja, os combustíveis no mercado nacional devem cumprir a legislação que regula as suas características de base, para garantir o correto funcionamento dos motores. Paralelamente, as marcas de automóvel não valorizam os combustíveis ditos premium, sendo a única exigência apontada a utilização de combustíveis que respeitem a legislação. Por isso, defende o estudo da Deco, “não há nenhuma razão para que um veículo que abasteça num posto de abastecimento, legalmente aberto ao público, tenha problemas a curto ou a longo prazo”.

Certo é que a poupança no abastecimento é muito apetecível: basta fazer as contas. Num automóvel com um depósito de 35 litros, uma diferença de 20 cêntimos representa uma poupança de 7€ de cada vez que se for atestar…


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