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Carros elétricos que vibram para ficar mais parecidos com os a gasolina?

A chegada da eletrificação e a transição dos mais variados consumidores entre estes dois mundos, é algo que ainda vai demorar muito tempo, por diversas razões. Não só os automóveis elétricos ainda são mais caros, como continuam a existir muitas mais bombas de gasolina do que postos de carregamento, além de que nas bombas de gasolina não é necessário um contrato ou um cartão para conseguir abastecer qualquer veículo.

Parte desta transição passa também pelas soluções criadas por diversos construtores para que os dois mundos não pareçam ser assim tão distantes um do outro. Já ouvimos falar e testámos sistemas que competem com o som dos motores a gasolina, desde tons que se assemelham a um concerto de Jean-Michel Jarre, a sons compostos por Hans Zimmer propositadamente para cada função. Há uns anos, o som criado para um modelo, era um tema de grande destaque na sua apresentação e ainda hoje há marcas com opcionais que incluem uma experiência sonora mais cativante para os seus automóveis elétricos.

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As grandes diferenças de utilização

Segundo opiniões que as marcas recolheram de vários utilizadores, uma das grandes diferenças sentidas a bordo dos automóveis elétricos passa pela ausência de ruídos e vibrações, que nos ajudavam a perceber como o carro se estava a portar. Num automóvel elétrico, ainda é o silêncio que reina e a maioria das sensações mecânicas que temos estão mais relacionadas com a aceleração e com a desaceleração.

Muitos consumidores comentaram o facto de a condução ser muito menos envolvente num automóvel elétrico e que se sentem muito menos parte da condução, especialmente quem mais gosta de conduzir, apreciando todos os momentos de um ponto de vista mais mecânico. Numa grande percentagem de pessoas, há mesmo quem considere a condução dos automóveis elétricos chata e entediante, uma vez que deixaram de sentir o carro e a sua “pulsação”.

Sons e vibrações artificiais

A grande novidade, no entanto, poderá chegar no futuro pelas mãos da Hyundai e a Kia, que estão quase a dar um passo que consideramos ser muito mais arrojado do que a questão dos sons. Segundo um pedido de patente submetido recentemente com a US Patent and Trademark Office (USPTO), a Hyundai e a Kia poderão estar a estudar uma forma de fazer os seus modelos elétricos vibrar de uma forma muito semelhante à que estamos habituados nos automóveis equipados com motor de combustão.

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É que nestes, há diversos “rituais” que estamos prestes a ter de abdicar, como o ruído e a vibração de ligar o motor, usar o pedal da embraiagem, engatar uma mudança, ou uma simples troca de relação com o respetivo ajuste do regime do motor, além do vibrar deste quando o carro está parado e a trabalhar ao ralenti. Enfim, tantas coisas que podemos enumerar assim de cabeça. A ideia da Hyundai e da Kia é atenuar esta diferença, “piorando” os seus automóveis elétricos. Ou seja, conferindo-lhes um pouco mais emoção. Os ruídos, as vibrações, as sensações das passagens de caixa, ainda que não existam mudanças, são tudo coisas em que estes construtores sul-coreanos estão a trabalhar de forma a melhorar a experiência de utilização.

E segundo o pedido de patente, estas são sensações que não se limitam apenas ao condutor e sim a todos os passageiros do automóvel, seja através de vibrações ou de sons emitidos pelos altifalantes existentes a bordo, criadas em função da velocidade ou da percentagem de utilização do pedal do acelerador. Além disso, a ideia não passa por simples sensações de vibração e sim movimentos mais abruptos, que se aproximem o mais possível dos registados a bordo de um modelo equipado com um motor de combustão.

Dar largas à imaginação

Este é um daqueles momentos em que podemos usar a expressão: “quando pensamos que já nada nos surpreende…”, e depois conhecemos ideias para carros elétricos com sons artificiais e vibrações para que as sensações de utilização não sejam muito diferentes dos automóveis, tal como os conhecemos. Quando nos disserem que há uma marca que está a pensar criar um sistema que forneça o cheiro a gasolina para o habitáculo, ou um outro sistema de faça uma simulação de fumo de escape que é emitido na parte de trás do carro, ou mesmo uma solução de iluminação que inclua lâmpadas de halogénio ou mesmo velas, mas emitidas por LED, já não vamos ter grandes dificuldades em acreditar.

Provavelmente, no futuro, alguém se poderá lembrar de que as playlists do Spotify sejam antes disponibilizadas em cassete ou em vinil e que pontos de carregamento de automóveis elétricos se possam pagar normalmente, pela utilização que acabámos de fazer, tal como acontece nas bombas de gasolina. Esta última inclui um pouco de sarcasmo à mistura, mas é uma daquelas situações que poderia mudar o paradigma dos carregamentos.

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