carros eletricos conduzir com um pedal

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Carros elétricos: como conduzir apenas com um pedal

Depois de tantas dúvidas, os carros elétricos parecem ter, por fim, começado a convencer o automobilista português: enquanto em 2021, os 100% elétricos representaram 5,8% do mercado de ligeiros de passageiros, este ano, no fim do primeiro semestre, já contavam mais de 10%.

As razões são várias. O carro elétrico superou o calcanhar de Aquiles da autonomia, com modelos a conseguirem percorrer mais de 500 quilómetros com um único carregamento; a rede de carregamento aumentou, passando a oferecer vários postos de carregamento rápido; e, não menos importante, a mentalidade do condutor parece estar a mudar, percebendo que a utilização de um veículo elétrico não é assim tão complicada. Mais ainda quando a indústria se mostra focada em facilitar o mais possível, como acontece com a introdução do pedal único.

O que é o pedal único?

Calma! Ainda há dois pedais em todos os carros elétricos: um para acelerar, outro para travar. Mas a maioria oferece hoje a possibilidade de ligar a tecnologia de pedal único, que significa conduzir apenas com o pedal do acelerador, que também serve de travão. Como? Basta levantar o pé.

O pedal único tem várias designações. A Nissan, que o estreou no Leaf, chama-lhe e-Pedal; a Ford, com o Mach-E, One-Pedal; a Hyundai oferece a condução i-Pedal no seu Ioniq 5. Mas, apesar dos diferentes nomes, a tecnologia é a mesma e a sua utilização assenta no mesmo princípio: acelerar, desacelerar e travar com um só pedal.

Dessa forma, quem segue aos comandos apenas tem de aumentar ou diminuir a pressão sobre o pedal do acelerador para conseguir as diferentes operações. E quando se tira o pé, os travões são aplicados automaticamente. Ou seja, mesmo em acentuadas inclinações, o carro não se mexe até que se volte a pressionar o pedal.

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Como funciona o pedal único?

Antes de mais, há que ter em conta que o pedal do travão continua operacional para qualquer emergência. Com isso em mente, acione o botão para ativar o modo de condução com um só pedal: em alguns, o botão é físico e está localizado junto à alavanca da transmissão automática; noutros, acede-se através do ecrã onde se gere todo o sistema de info-entretenimento e conectividade.

Para andar, pressione o pedal do acelerador como o faria em qualquer situação. Para desacelerar, antes de uma curva mais apertada ou de uma lomba, alivie a pressão. A resposta do carro pode até ser configurada, o que significa que ao aliviar a pressão do acelerador a desaceleração pode ser mais suave ou mais forte. Para estancar o carro, liberte totalmente o acelerador.

Os restantes condutores são avisados pelo mesmo sistema de luzes que funciona com os travões. Assim que começa a desacelerar, as luzes de travagem do carro elétrico acendem-se e mantém-se dessa forma durante todo o tempo que o veículo estiver parado; voltam a desligar-se assim que pressiona o pedal para voltar a andar.

Apesar de parecer complicado numa primeira utilização, depressa o condutor se habitua a calcular as manobras com mais antecipação. E depois de habituado, dizem os que já foram conquistados pelo pedal único, o difícil é voltar a conduzir com dois pedais.

Artigo recomendado: Quanto custa a manutenção de um carro elétrico?

Quais as vantagens do pedal único?

Além de a condução se tornar mais intuitiva e simples, a utilização de um único pedal tem a grande mais-valia de potenciar a regeneração de energia, o que aumenta a autonomia elétrica do automóvel. Trocando por miúdos: vai fazer com que se percorra mais quilómetros com a mesma quantidade de energia.

Mas essa não é a única vantagem. A condução com um só pedal ajuda a poupar travões, o que implica trocar pastilhas e discos em intervalos maiores.

E há desvantagens?

Não lhes chamaríamos desvantagens, mas antes cuidados a ter com a condução em que se recorre a um só pedal. É que o hábito de pressionar o pé para travar pode estar tão enraizado que, numa situação de emergência, o instinto nos mova o pé para baixo…, mas no pedal errado. Por isso, se estiver numa situação stressante, o melhor é conduzir com os dois pedais, deixando o pedal único para uma condução sem ansiedades.

Há ainda situações em que se desaconselha a sua utilização: quando se conduz em estradas com condições de fraca aderência, como por exemplo em pisos com gelo ou neve; em descidas demasiado acentuadas; quando for a uma estação de lavagem automática; ou se o carro estiver demasiado pesado, com lotação completa e mala carregada.

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