Agora que estamos na altura do ano em que a grande maioria das motas estão fora da garagem e a serem aproveitadas da melhor forma possível, é necessário relembrar que andar em duas rodas exige um pouco mais de cuidados do que quando andamos com quatro. Caso contrário, podemos colocar a nossa vida em risco, mas também a de outras pessoas. Depois de alguma pesquisa, compilámos uma lista com os cinco erros mais comuns que são feitos por quem anda de mota.
1) Usar a mota como se fosse um brinquedo
Há diversos estudos que provam que a probabilidade de um motociclista perder a vida é quase 30 vezes superior à de quem se encontra ao volante de um automóvel. E uma das principais razões por que diversos acidentes ainda acontecem deve-se ao facto de muitos motociclistas usarem a estrada como se fosse um parque de diversões e estivessem na posse de um novo brinquedo.
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Ou seja, burnouts, cavalinhos, acelerações, éguas e tantas outras coisas, continuam a ser comportamentos infantis e uma incrível receita para o desastre. Tal como andar a ziguezaguear de uma faixa para a outra ou entre os carros.
Além disso, todos sabemos que as motas conseguem atingir facilmente velocidades bastante elevadas, mas não é por isso que temos de o fazer. Cumprir os limites de velocidade e o movimento natural do tráfego ainda continua a ser dos melhores conselhos que podemos seguir.
2) Não utilizar o equipamento de segurança adequado
Ver e ser visto continua a ser uma das regras de ouro, tal como usar o equipamento de segurança mais adequado. Ou seja, o equipamento de proteção da equitação não substitui um capacete, conduzir usando chinelos de enfiar o dedo também não é aconselhável e calções e t-shirt porque a praia é já ali também é um pensamento que não convém ter.
Por lei, a única obrigação continua a ser o capacete, que, de preferência, deverá ser integral ou modular, uma vez que são considerados os mais seguros por protegerem a cabeça e a cara (e também por evitarem que a maioria dos insetos nos batam na face). Mas além do capacete, ter um casaco que nos proteja, umas luvas de verão ou de inverno, algo que salvaguarde os joelhos e pernas e calçado adequado, são o mínimo no que diz respeito a equipamento. Afinal, é da nossa integridade física que estamos a falar. Que preço damos a isso?
3) Falta de experiência
A grande verdade é que qualquer pessoa pode comprar uma mota, mas isso não quer dizer que a devemos conduzir como se o fizéssemos há bastante tempo. Antes de começar, seja no mundo das 125cc ou no das motas de maior cilindrada, a melhor dica são os cursos básicos de condução que existem em alguns pontos do país. É através deles que aprendemos as coisas mais básicas de que nunca nos poderemos lembrar e que nos dão uma ajuda nos primeiros quilómetros.
Além disso, idealmente, também não devemos ir para a estrada sozinhos. O melhor mesmo é contar com um amigo para nos ir guiando pelo trânsito até ao momento em que nos sentimos mais à vontade para o fazer sozinhos. E nesta altura, ainda convém evitar trajetos mais complicados com subidas mais acentuadas, cruzamentos e outras coisas do género, fazer curvas com muita calma e ir evoluindo até que o nosso próprio organismo comece a desenvolver memória muscular e tudo passe a acontecer mais naturalmente.
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4) Jogar pelo seguro
O excesso de descontração pode fazer com que diversas coisas não corram da melhor forma, especialmente quando estamos a começar. Independentemente da viagem que estejamos a fazer, seja longa, a caminho do trabalho ou para ir comprar pão, devemos sempre imaginar o pior cenário. Ou seja, quando andarmos de mota, não custa nada levar algumas coisas que podem ser úteis em caso de emergência, como um kit de primeiros socorros para feridas mais superficiais, por exemplo, que podem ser úteis para nós ou para outra pessoa, em caso de acidente.
Além disso, no caso de circular por zonas que não conhece tão bem, um GPS pode ser uma ajuda preciosa para chegar ao destino ou simplesmente para sair rapidamente de onde nos encontramos. Hoje em dia, basta um suporte adequado para o telemóvel e pronto, problema resolvido. E já que falamos em tecnologia, um sistema de comunicação por Bluetooth também pode dar uma ajuda em algumas situações. Mesmo que não possa parar, estes sistemas estão preparados para que os possa usar sem tirar os olhos da estrada, para pedir ajuda ou simplesmente para atender uma chamada. São diversas as soluções existentes no mercado.
5) Falta de manutenção
Uma vez que estão expostas aos elementos e, muitas vezes a velocidades mais elevadas, as motas precisam de uma boa dose de manutenção para estarem sempre nas melhores condições. A pior parte é que ninguém nos fala sobre isso quando tiramos a carta, e uma grande percentagem das pessoas que andam de mota não fazem sequer ideia de que não basta ligar e andar.
Idealmente, todos os motociclistas deveriam saber como efetuar tarefas simples como mudar o óleo, o líquido de refrigeração ou mesmo lubrificar a corrente e dar uma vista de olhos no estado dos pneus, mas a verdade é que muitos podem achar estas coisas bastante complicadas. Claro que podemos sempre passar por uma oficina, ainda que isso seja bem mais caro. Mas o valor nunca será tão elevado como o de podermos ter um acidente por falta de manutenção.
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