Mecânicas simples, construção robusta e utilizadores cuidadosos, eis a combinação que faz com que seja possível encontrar no mercado de usados automóveis com mais de vinte anos que não acusam o peso da idade, independentemente dos muitos milhares de quilómetros que possam já ter acumulado.
E se a ideia é comprar um carro barato que possa desenrascar nas voltinhas de todos os dias, estes modelos serão ótimas opções para si, pois, além da manutenção simples e acessível, também já não deverão desvalorizar muito mais nos próximos tempos.
5 carros usados baratos que podem comprar com 1500€
Opel Corsa
Um dos automóveis mais vendidos em Portugal, o Opel Corsa é um clássico nas nossas estradas. O modelo da segunda geração, o Corsa B, produzido entre 1993 e 2001, foi um enorme sucesso na acessível versão 1.0 12v a gasolina, que recorre ao propulsor X10XE de 3 cilindros em linha, com apenas 973 cc, a debitar 55 cv às 5600 rpm e 82 Nm às 2800 rpm. A marca alemã anunciava uma velocidade máxima de 146 km/h e 17 segundos para cumprir 0 a 100 km/h, enquanto o consumo médio era de 7 litros/100 km.
Mas o grande trunfo desta mecânica da família «0» da GM era a reconhecida fiabilidade geral e a manutenção simplificada, embora possam existir eventuais irregularidades de funcionamento devido a bloqueio da válvula de EGR, incidentes nos injetores ou falhas na lubrificação por deficiências na bomba de óleo. Será aconselhável substituir os fluídos do circuito de refrigeração e do sistema de travagem, assim como verificar o nível de lubrificante da caixa de velocidades e o estado das correias, tubagens de escape e funcionamento do catalisador, para garantir que se mantém em bom estado de funcionamento, mas não há muitos com esta longevidade.
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Volkswagen Polo
Desde o lançamento do original, em 1975, o Polo é o segundo Volkswagen mais bem-sucedido no mercado europeu, só atrás do Golf. Em quase cinquenta anos de história, o utilitário alemão soube manter a agilidade, simplicidade e dinamismo das versões anteriores, somando-lhe em todas as gerações mais e melhores conteúdos tecnológicos. No Polo III (Mk3), destaque para a versão equipada com motor 1.4 a gasolina de 60 cv, produzida entre 1995 e 1999, um caso sério de longevidade e com baixos custos.
Alguns problemas de irregularidade de funcionamento podem estar relacionados com avaria ou mau estado do módulo ou do distribuidor de ignição e que deve ser substituído, mas é, claramente, uma opção a ter em conta para quem procura automóvel robusto por menos de 1500€.
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Honda Jazz
O Honda Jazz é outro modelo referencial no segmento dos utilitários, quer pela qualidade de fabrico, quer pela mecânica da série L12A, um motor de 4 cilindros em linha com 1246 cc e 16 válvulas com variação de fase VTEC, injeção eletrónica e sistema de dupla ignição i-DSI, do qual a marca japonesa extraia 82 cv às 5700 rpm e 110 Nm às 2800 rpm.
O seu histórico de fiabilidade e solidez exemplares reflete-se em custos de utilização reduzidos, sendo mesmo escassos os registos de avarias crónicas. Há alguns registos de falhas numa ou mais das oito bobines de ignição ou cabos das velas, na bomba de combustível (regulador de pressão), casos de obstrução da válvula EGR, irregularidades no sistema de regulação de ralenti ou no medidor de massa de ar, mas são raros.
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Opel Vectra
O Opel Vectra B (1996-2002) destacava-se pela boa solidez estrutural conferida pela plataforma GM2900 (a mesma dos Saab 9-3 e 9-5), interior sóbrio e bem equipado, amplo espaço para bagagens e bom comportamento dinâmico, com chassis eficaz e suspensão equilibrada, embora algo firme em mau piso. A variante carrinha estava equipada com o motor 2.0 DTi, da família Ecotec GM, com 4 cilindros em linha e 1995 cc de capacidade, a debitar 100 cv às 4300 rpm e 230 Nm às 1800 rpm. A marca anunciava uma velocidade máxima de 185 km/h e uma aceleração de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos, com um consumo médio de 7,6 l/100 km.
Esta mecânica turbodiesel não estava isenta de incidentes (consumo elevado de óleo) ou perturbações na eletrónica interna da bomba de injeção e falhas do medidor de massa, mas, globalmente, recomenda-se.
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Peugeot 206
Com 8,4 milhões de unidades vendidas entre 1998 e 2013, o 206 é o Peugeot mais bem-sucedido da história. O êxito explica-se pela feliz combinação entre a imagem desportiva, que, aliás, continua atual nos dias de hoje, com credenciais dinâmicas muito interessantes, agilidade e economia. Argumentos a que se juntavam as mecânicas com bom histórico de fiabilidade, a gasolina ou a gasóleo.
O Peugeot 206 SW 1.6 HDi FAP (2002-2009), equipado com propulsor DV6 HDi, é um bom exemplo disso mesmo, embora com casos esporádicos de fragilidade dos suportes de motor, disfunções elétricas (vidros, limpa-vidros, fecho centralizado), normalmente com origem na unidade BSI do sistema Multiplex e bloco de ignição (motor de arranque).
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