Está na moda conduzir um automóvel ecologicamente correto, mas enquanto os elétricos e os PHEV não se apresentam ainda como soluções viáveis (leia-se, acessíveis) para a esmagadora maioria dos condutores, os híbridos autocarregáveis são a solução que possibilita, a custos controlados, reduzir consumos e emissões de CO2 durante a condução.
Mostramos-lhe quatro boas fórmulas de eletrificação para iniciados, sem precisar de gastar mais de 30 mil euros num carro novo.
4 carros híbridos novos por menos de 30.000€
Hyundai Kauai HEV 1.6 GDi
A Hyundai aplica no SUV Kauai a fórmula da hibridização com a solução técnica que já conhecemos do modelo Ioniqe também do Kia Niro. Consiste na combinação do motor a gasolina 1.6 GDi de 105 cv com uma unidade elétrica de 43,5 cv (potência máxima de 141 cv), alimentada por baterias de lítio de 1,56 kWh e arrumada sob os bancos para não beliscar as cotas habitáveis, generosas para a classe em que concorre.
O Kauai é rival do Renault Captur, Peugeot 2008 & Cia. O espaço para ocupantes convence, mas na zona da bagageira o modelo coreano não vai além de uns contidos 361 litros na configuração “standart” de cinco lugares a bordo, sendo que há naquele compartimento de carga um alçapão depois do piso para outros arrumos.
Por fora, além da sigla na tampa da mala, o híbrido não difere quase nada das demais versões do Kauai, com umas atrativas jantes de 18’’ e a possibilidade de optar por uma pintura bicolor, em 26 combinações possíveis.
Sendo um “full hybrid” (não admite carregamento externo), o SUV da Hyundai pode deslocar-se apenas alguns metros em modo puramente elétrico, nas manobras em cidade e pouco mais. Mas o sistema é mais útil quando já embalado a velocidades medianas, já que desliga a unidade a combustão e consegue manter a velocidade circulante apenas com o pequeno motor elétrico. Todo o conjunto funciona com relativa suavidade e fluidez devido à presença da caixa automática de dupla embraiagem de seis relações, com a subida de velocidade a ser acompanhada pelo regime do motor, ao contrário do que acontece com as caixas do tipo CVT utilizadas, por exemplo, nos modelos da Toyota. A média de consumo em condições reais de teste fica-se pelos 5,5 litros por cada 100 quilómetros.
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Honda Jazz 1.5 HEV
Em 2001, o Jazz veio reposicionar a Honda no topo do segmento utilitário, oferecendo um habitáculo e uma bagageira de tamanhos referenciais, uma funcionalidade e versatilidade incomparáveis, uma dinâmica honesta e ainda bons motores a gasolina. E, 20 anos volvidos, já na 4.ª geração (lançada em 2020), a versão híbrida e-HEV fortaleceu a posição do modelo japonês no mercado nacional, tendo sido o segundo modelo mais vendido da marca em Portugal no ano passado.
Entre os trunfos, um interior extraordinariamente amplo para um automóvel com menos de quatro metros de comprimento, sendo nesse particular uma referência na categoria – nos lugares traseiros, por exemplo, a distância para os encostos da frente chega aos 75 centímetros, equiparável a um modelo familiar de dois segmentos acima.
O Honda Jazz apresenta também uma ótima capacidade da bagageira (304 litros), com múltiplas possibilidades de aproveitamento do espaço face aos esquemas de rebatimento dos bancos traseiros, os quais rebatem totalmente (divisão 60:40, com o piso de carga a ficar totalmente plano, oferecendo uma volumetria de 1205 litros) e os assentos também podem ser fixados na vertical aos encostos, de modo a transportar objetos de maior altura.
Depois, também o encosto do passageiro da frente pode ser totalmente reclinado de forma a criar uma espécie de sofá-cama, sendo apenas necessário retirar o apoio de cabeça para o encaixar à base dos assentos traseiros.
Quanto ao 1,5 litros com hibridização (combina um motor de quatro cilindros a gasolina e outro elétrico com uma bateria de muito pequena capacidade a alimentá-lo e ainda um motor/gerador), oferece 109 cv e um binário de 253 Nm, o suficiente para desembaraço assinalável nos trajetos urbanos e extraurbanos de todos os dias.
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Suzuki Swace 1.8L Hybrid GLX
Gémeo do Toyota Corolla, desenvolvido no âmbito da parceria estratégica celebrada entre os dois fabricantes japoneses, o Swace é o modelo familiar compacto que faltava no portefólio da Suzuki. Está disponível numa única motorização híbrida, que inclui uma mecânica de combustão interna de 4 cilindros e 1,8 litros, a gasolina, um motor elétrico alimentado por bateria de iões de lítio e uma caixa automática, que transmite a potência só às rodas dianteiras.
O rendimento máximo de 122 cv “gere-se” através de três programas de condução (Eco, Normal e Sport) selecionados no comando do Drive Mode, existindo ainda um modo elétrico (EV), que desliga motor térmico em curtos trajetos, desde que se cumpram três condições: mais de 50% de carga na bateria, aceleração com moderação e condução a baixa velocidade (até 57 km/h). Mesmo assim, não percorre mais do que dois quilómetros em modo de emissões zero.
Os reais benefícios do sistema híbrido do Swaze estão no apoio à condução em estrada aberta, com o tempo de ação com a mecânica a gasolina parada, sem consumo de combustível e emissões poluentes.
O consumo médio é de 4,6 l/100 km, um valor que satisfaz plenamente tendo em conta as dimensões de carrinha, que se destaca pelos seus atributos funcionais, nomeadamente pela boa habitabilidade, com uma generosa distância entre os bancos dianteiros e traseiros: 75 cm no espaço para pernas. A bagageira oferece capacidade para 596 litros na configuração standard de cinco lugares a bordo.
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Toyota Yaris Cross 1.5 HDF
O Cross é a nova forma de ser Toyota Yaris. Aponta ao tipo de cliente que não dispensa o formato SUV da moda na indústria automóvel, mas também não abdica de nenhum dos argumentos que tornaram o utilitário japonês numa das maiores referências da categoria: uma robustez e qualidade acima da média, uma condução segura e despachada e uma motorização híbrida económica.
A plataforma é a mesma do Yaris, com a mesma distância entre eixos (2560 mm), mas a carroçaria foi esticada em 240 mm no comprimento, 90 mm em altura e 20 mm em largura, para oferecer mais espaço no habitáculo e mais 104 litros na bagageira, para um total de 397 litros de capacidade na configuração de cinco lugares a bordo. A reclinação do encosto traseiro (possível na proporção 40:20:40 nas versões mais equipadas) permite quase triplicar esta área de carga.
O painel de bordo desenvolve o conceito estreado no carro da 4.ª geração: a maioria das funções de bordo controla-se no monitor tátil (8’’) arrumado no centro do painel e as informações relevantes para a condução, incluindo as instruções relevantes do sistema de navegação, encontram-se concentradas no head-up display de grandes dimensões (10’’).
Já debaixo do capot está o sistema Hybrid Dynamic Force, que combina o mesmo motor de 3 cilindros em ciclo de Atkinson com 1,5 litros, numa configuração de 92 cv, acoplado a uma caixa híbrida (transmissão de engrenagem planetária e velocidade única), a que se junta um motor elétrico de 80 cv e 141 Nm que tem a função de auxiliar a unidade térmica, mas que também pode propulsionar o veículo. A marca anuncia consumo médio de 5 l/100 km.
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